Morre Corbiniano Lins, o escultor apaixonado pela forma da mulher

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 11/03/2018 às 8:45
Corbiniano Lins nos deixou Foto Divulgaçao
Corbiniano Lins nos deixou Foto Divulgaçao

José Corbiniano Lins e a escultura de Pernambuco se fundem. Um não existia sem o outro... Na noite deste sábado (10), Corbiniano nos deixou, aos 94 anos, devido à diverticulite aguda e insuficiência renal. Ele estava internado há 30 dias no Hospital Albert Sabin. O corpo do artista olindense, que iniciou como pintor em 1924, é velado no Cemitério Parque das Flores, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife, com sepultamento marcado para as 16h. Corbiniano deixa oito filhos, oito netos e 10 bisnetos.

Nascido em 2 de março de 1924, Corbiniano participou do movimento de Arte Moderna do Recife, na década de 1950, junto a nomes como Abelardo da Hora, Reynaldo Fonseca, Samico e Celina Lima Verde. Em 1952, ingressou no Atelier Coletivo de Olinda.

Seu traço mais marcante é como esculpe, em pedra ou metal, a sensualidade feminina de forma tão leve, sutil...  Não estava ligado ao classicismo, mas no desafio de experimentar os limites da gravidade. Também fez trabalhos como serígrafo.

Em 2015, deu nome à Galeria de Arte do Sesc Santo Amaro, quando fez uma das últimas mostras; é protagonista de documentário Corbiniano, de Cezar Maia, que recebeu menção honrosa do júri do Cine PE 2014.

O mestre era conhecido no Brasil e internacionalmente. Já expôs em galerias, museus, espaços culturais e salões de arte em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de outros países da Europa, da América Latina e do Oriente Médio.

Últimas notícias