Zeca Camargo condenado a pagar R$ 60 mil ao pai e empresa de Cristiano Araújo

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 24/01/2018 às 8:36
Zeca Camargo condenado por declarações sobre Cristiano Araujo (Imagem: Reprodução)
Zeca Camargo condenado por declarações sobre Cristiano Araujo (Imagem: Reprodução)

A juíza Rozana Fernandes Camapum, da 17ª Vara Cívil de Goiânia, condenou Zeca Camargo a pagar R$ 60 mil ao pai e a empresa que cuida da imagem de Cristiano Araújo (metade do valor para cada parte). A decisão foi publicada na última terça (23), e o processo começou por causa das declarações polêmicas que o apresentador fez em 2015, quando aconteceu o acidente que tirou a vida do cantor e da sua namorada. Recentemente, o motorista também foi condenado.

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"Embora eu nunca tenha ofendido o cantor nem a ninguém da sua família (e muito mensos seus fãs) numa crônica mal interpretada que comentava não sobre a qualidade de uma manifestação artística, mas sobre a repercussão do acontecido na mídia e, apesar de ter pedido desculpas publicamente à época, tomei conhecimento hoje do teor da sentença e vou recorrer", contou Zeca Camargo à Folha de São Paulo.

A fala de Zeca Camargo

"Muita gente estranhou a comoção nacional diante da morte trágica e repentina do cantor Cristiano Araújo. A surpresa maior, porém, vem do fato de ser tão famoso e tão desconhecido. O Brasil, felizmente, tem um punhado de artistas que não passam pelo radar da grande mídia, nem são um consenso popular, mas que levam multidões para seus shows. [...] O que realmente surpreende neste evento triste da semana foi a comoção nacional. De uma hora para outra, fãs e pessoas que não faziam ideia de quem era Cristiano Araújo partiram para o abraço coletivo, como se todos nós estivéssemos desejando uma catarse assim, um evento maior que nos unisse pela emoção", disse Zeca em 2015.

Ele ainda falou sobre os grandes funerais públicos: “É só lembrar as despedidas de Cazuza, Ayrton Senna, Kurt Cobain, Lady Diana, Michael Jackson, Mamonas Assassinas. Mas Cristiano Araújo? Sim. Eles sim eram, guardadas as proporções, ídolos de grande alcance. Como fomos, então, capazes de nos seduzir emocionalmente por uma figura relativamente desconhecida? A resposta está nos livros para colorir! Sim, eles mesmos! Os inesperados vilões do nosso cenário pop, acusados de destacar a pobreza da atual alma cultural brasileira. Não vale a pena discutir os verdadeiros valores desses produtos, se é que eles existes. Mas eles vem bem a calhar para fazermos um paralelo com a ausência de fortes referências culturais que experimentamos no momento".

 

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