Christine Keeler, modelo que abalou a Guerra Fria, morre aos 75 anos

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 06/12/2017 às 10:06
Christine Keeler fotografada em 1963, quando o caso Profumo foi divulgado (Imagem: Reprodução/ Internet)
Christine Keeler fotografada em 1963, quando o caso Profumo foi divulgado (Imagem: Reprodução/ Internet)

Christine Keeler, modelo e bailarina britânica, morreu nessa segunda (04), aos 75 anos. A informação só foi divulgada pela sua família na noite de ontem (05). Durante a Guerra Fria, ela causou um enorme escândalo no Reino Unido, alavancando a queda do governo conservador durante os anos 60. O ocorrido ficou marcado na história como o "caso Profumo", que foi capaz de mudar o rumo das eleições para premier em 1964.

"Minha mãe morreu na noite passada. (...) Ela ocupou um lugar na história britânica, mas pagando um alto preço pessoal. Todos estamos muito orgulhosos de quem foi", escreveu o filho da modelo, Seymour Platt, no Facebook.

Após o avanço do fascismo e da máquina de guerra de Hitler assustarem o mundo com suas atrocidades, o mundo enfrentava mais um medo: a aniquilação da vida. O cotidiano entre o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1989, era marcado possibilidade de uma guerra nuclear eclodir a qualquer momento.

O Caso Profumo, Christine Keeler envolvida em romance com os dois lados da guerra

Nesse contexto, o Reino Unido estava lidando com um avanço do conservadorismo na década de 60. Mas apenas um ano após a crise dos mísseis de Cuba (1962), acontece um escândalo na Grã Bretanha: o caso Profumo. Ele se trata da divulgação de um romance vivido por Jhon Profumo, secretário britânico de guerra, e Christine Keeler. O grande problema e bailarina é que a modelo também estaria mantendo relações com Eugene Ivanov, adido militar soviético.

Em 1963, quando aconteceu o escândalo, a jovem de 19 anos e a divulgação do caso foram capazes de contribuir para a derrota do premier conservador Harold Macmillan contra o trabalhista Harold Wilson, no ano seguinte (1964). Ela foi imortalizada tanto pelas capas de tabloides que rodaram na época, quanto pelo filme Escândalo, lançado em 1989.

 

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