Jonathan Costa denuncia caso de agressão por seguranças em show: "Quase me mataram"

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 14/10/2017 às 9:00
Foto: Reprodução
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Jonathan Costa publicou um vídeo em seu Instagram em que aparece sendo agredido por seguranças e expulso do palco. Segundo informações da assessoria, o funkeiro foi contratado para se apresentar na casa de festas à 2h30 da manhã. Ele subiu na hora combinada e ao saber de um alvará que só permitia que o evento o evento fosse às 2h, ele resolveu parar o show.

Em seguida, ele até sugeriu continuar no palco até cumprir as horas de apresentação combinada em contrato e ainda propôs ao público pedir à organização da festa o dinheiro do ingresso de volta. Confira o relato do funkeiro:

Até agora, assistindo a esse vídeo, não consigo acreditar no tamanho da discriminação e violência que eu passei ontem à noite em Friburgo. Fui agredido em cima do palco, fazendo o meu trabalho! Um pai de dois filhos, que sai para trabalhar, e não sabe se volta pra casa. Assim que chegamos ao evento de ontem, os contratantes pediram para que eu tocasse num volume um pouco mais baixo, quase som ambiente – só depois eu fiquei sabendo que era porque o alvará do evento só valia até as 2h da manhã. Eram 3.000 pessoas cantando comigo, que foram ali para me ver tocar...E eu tive que parar o som porque não alcançava todo mundo e com o passar da apresentação eles iam abaixando cada vez mais. Não era a apresentação que o público esperava e nem a metade do que é show. Foi quando eu avisei ao público que iria parar de tocar, mas ficaria ali com eles até o final do horário da apresentação, em respeito a eles. Eu sugeri que, já que não teve apresentação, que eles poderiam reivindicar o valor pago no ingresso. Foi quando OS SEGURANÇAS vieram com muita violência para cima de mim e da minha equipe, vieram pra matar. Quase me mataram! O público começou a gritar “Não à agressão”, a jogar gelo nos homens que me agrediam e minha equipe e alguns até subiram no palco para tentar me defender. Foi uma covardia! Só parou porque um policial militar chegou a tempo, me reconheceu e deu a ordem para me soltarem. Se a polícia militar não estivesse na redondeza para efetuar o mandado do alvará de som, poderia ter acontecido coisa pior. Senti a morte chegar... Depois de passar por um momento tão feliz de reconhecimento internacional do nosso funk há uma semana num evento importante em Paris, tenho que passar uma situação dessa aqui no nosso país. Fui discriminado por ser FUNKEIRO. Me agrediram na frente de mais de 3.000 pessoas por eu ser DJ de FUNK. E não sei o que mais me revolta: ser agredido fazendo o meu trabalho ou ser desvalorizado no único lugar do mundo que deveria ter respeito e orgulho de sua cultura. #semviolencia #funkécultura #JonJonOBAILE

Jonathan Costa

Após a polêmica, Jonathan foi à delegacia prestar queixa do caso. "A 151ª DP (Nova Friburgo) vai instaurar procedimento policial para apurar a conduta dos seguranças", diz um comunicado.

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