Clara Averbuck denuncia estupro por motorista de Uber em São Paulo

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 28/08/2017 às 15:53
Clara Averbuck  /Foto: Reprodução
Clara Averbuck /Foto: Reprodução

Clara Averbuck foi vítima de estupro por um motorista da Uber em São Paulo. A escritora usou seu perfil no Facebook, nesta segunda-feira (28), para relatar o que aconteceu e recebeu o apoio de muitos internautas. "O mundo é um lugar horrível pra ser mulher", afirmou Clara, de 38 anos. Em comunicado, a empresa firmou que o motorista foi demitido.

Clara iniciou o texto dizendo: "Bom, virei estatística de novo. queria chamar de "tentativa de estupro". E prosseguiu: "Tava bêbada? Tava. F*-se. "Não vou incorrer no mesmo erro de quando eu era adolescente e me culpar. Fui violada de novo, violada porque sou mulher, violada porque estava vulnerável e mesmo que não estivesse poderia ter acontecido também".

"O nojento do motorista do Uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim, ainda pagando de que estava ajudando 'a bêbada'. Estou machucada mas estou em casa e medicada pra me acalmar", continuou.

Em nota, a Uber disse que "repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. O motorista parceiro foi banido e estamos à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher".

Clara ainda não decidiu se vai à Delegacia da Mulher. "Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa Delegacia da Mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar. Não quero impunidade de criminoso sexual mas também não quero me submeter à violência de estado. Justamente por ter levado tantas mulheres na delegacia é que eu sei o que me espera. Estou ponderando". Confira o texto na íntegra:

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