Anitta critica projeto de criminalização do funk: "Gera trabalho, gera renda"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 10/06/2017 às 12:45
Anitta /Foto: Reprodução
Anitta /Foto: Reprodução

Anitta se posicionou contra um projeto de lei que criminaliza o funk no Brasil. Na última sexta-feira (9), a cantora usou o Twitter para dar sua opinião e lembrou a importância do gênero musical para muitos brasileiros.

"22 mil desinformados que estão precisando sair do conforto de seus lares para conhecer um pouquinho mais do nosso país. Educação, queridos. Invistam em educação primeiro. Eu não quero nem imaginar a bagunça que viraria o país se um absurdo desses é colocado em prática", lamentou a funkeira ao retuitar a notícia de que a proposta havia sido encaminhada para a comissão do Senado.

https://twitter.com/Anitta/status/873305390456418305

Anitta afirmou que os políticos não estão sabendo escolher as prioridades corretamente. "O funk gera trabalho, gera renda... pra tanta gente... uma visitinha nas áreas menos nobres do nosso país e vocês descobririam isso rápido", ponderou.

Em posts no Twitter, a cantora continuou a dizer o que pensa: "Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam. Deem acesso a outros assuntos e cantarão sobre eles. Traduzirão as músicas de outros idiomas pra proibir as que não tem mensagens q agradam aos cultos ou é só uma discriminação mais direcionada?".

https://twitter.com/Anitta/status/873308306777014272

https://twitter.com/Anitta/status/873308447869218821

Anitta citou a letra de "O Barquinho", de Roberto Menescal, para exemplificar: "'Dia de luz, festa de sol e o barquinho a deslizar no macio azul do mar' e antes de fazer dinheiro (com o funk) eu não tinha condições nem de pagar as conduções necessárias pra romaria de duas horas ate chegar no macio azul do mar. Quanto mais de fazer uma música sobre isso".

Ela encerrou o assunto dizendo qual seria a prioridade: "A lei certa deveria ser que todo filho de quem decide nosso futuro fosse obrigado a estudar em uma escola pública sem cursinho particular. Que sua família fosse obrigada a frequentar os hospitais públicos...E não criminalizar uma das poucas formas que essa gente conseguiu pra ganhar a vida, amores... aí não. Não mexe com quem tá quieto. Ou melhor... não mexe com quem tá se virando pra ganhar a vida honestamente diante de tanta desigualdade".

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