Laura Cardoso fala sobre feminismo: "É uma luta que vale a pena e deve prosseguir"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 06/06/2017 às 18:18
Laura Cardoso /Foto: Reprodução
Laura Cardoso /Foto: Reprodução

Aos 89 anos, Laura Cardoso, um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, falou sobre feminismo. Em entrevista à revista VEJA, a atriz disse que, apesar dos avanços, a mulher ainda tem motivos para brigar: “O feminismo é uma luta que vale a pena e deve prosseguir. Já se conquistou muita coisa, mas acho que ainda falta dar mais crédito, respeito de verdade à mulher”.

Laura ainda comentou sobre o caso José Mayer, acusado de assédio sexual pela figurinista Susllem Meneguzi Tonani: “Foi infeliz e estou do lado das colegas, ‘mexeu com uma, mexeu com todas’”, disse a atriz, citando o a campanha que funcionárias da Globo criaram. “Apoio a iniciativa. Como não vou apoiar? Se eu estivesse no Rio de Janeiro estaria ao lado delas, com a camiseta, apesar de já estar velha e cansada para essas coisas”.

Laura Cardoso vive Sinhá, em Sol Nascente

Com mais de setenta anos de carreira, Laura Cardoso já atuou em mais de oitenta produções na TV, peças de teatro e mais de trinta filmes, além de programas no rádio, onde começou sua carreira. À revista VEJA, ela respondeu como vê o feminismo: "É a luta da mulher pela sua liberdade, pela sua vida, pelo que ela quer, sonha. O feminismo é uma luta que tem que ser apoiada, registrada. Já foi muito ruim para a mulher, ela era posta de lado em todos os sentidos. O feminismo é uma luta que vale a pena e deve prosseguir. Já se conquistou muita coisa, mas acho que ainda falta dar mais crédito, respeito de verdade à mulher".

A atriz afirmou que é feminista: "Eu me considero desde menina. Antigamente, a mulher era aquela que cuidava da casa e dos filhos, mesmo que trabalhasse fora. Hoje em dia, ela tem um companheiro que vai passar uma roupa, trocar uma criança, dar a mamadeira para o filho. Que é justamente como deve ser. Antigamente, imagina se o homem ia varrer a casa, arrumar o quarto. Não, porque senão ele não era considerado macho, homem. Hoje ele ajuda a companheira, que trabalha dentro de casa e fora dela".

Últimas notícias