Recife foi protagonista em edição especial do programa Saia Justa

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 10/05/2017 às 12:30
A gravação do Saia Justa aconteceu no Teatro RioMar
A gravação do Saia Justa aconteceu no Teatro RioMar

O Teatro RioMar foi palco para gravação do programa Saia Justa Por aí, conduzido por referências à cidade, nesta terça-feira (9), sob o comando de Astrid Fontenelle, Pitty, Mônica Martelli e Taís Araújo, com plateia. O programa vai ao ao nesta quarta-feira, pelo canal GNT, às 21h30. O projeto itinerante já passou por várias cidades e finaliza com Belo Horizonte e Campinas.

Fotos: Dayvison Nunes / JC Imagem

Para elaborar o roteiro da atração, a equipe de produção de programa contou com um time de pernambucanos, entre os quais estavam os produtores culturais Allana Marques e Roger de Renor, a chef Carmen Virgínia  e as blogueiras Camila Coutinho e Sarah Cadosh. O pernambucano Caio Braz, repórter do canal, fez participações durante antes da gravação, entrevistando o público e falando um pouco sobre o que é ser pernambucano enquanto, as apresentadoras faziam os últimos ajustes no figurino e maquiagem, tudo mostrado por Astrid do camarim.

Tais, Mônica, Pitty e Astrid receberam Karina Buhr

Para o primeiro bloco o tema escolhido foram as vidas diurna e noturna da capital pernambucana. Astrid Fontenelle abriu o programa citando várias das nossas riquezas artísticas personificadas por Cícero Dias, Gilberto Freire, Paulo Freire, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira. “Recife é uma cidade de rios e pontes, do maracatu e do frevo. De dia, se abre uma gama de praias, feiras e mercados, uma vida cotidiana de grandes centros urbanos. De noite, bota pra quebrar. É forró, música eletrônica, rock… Poesia que atravessa preconceitos de ferveção. Uma cidade de dia e outra de noite”, falou antes de chamar uma matéria que Caio Braz gravou com a jornalista Bárbara Gancia, ex-apresentadora do programa, em um tour pela cidade, atravessando o dia e terminando a noite na Rural de Roger de Renor.

Para o debate sobre o assunto, Karina Burh foi chamada para a roda. Apesar de ter nascido na Bahia, assim como Pitty, a cantora, filha de mãe pernambucana passou boa parte da juventude por aqui, onde fez carreira antes de se mudar para São Paulo. Karina contou sobre a característica do povo pernambucano de ocupar os espaços da cidade não só para curtir a vida cultural mas também politicamente falando. "As pessoas aqui tem tomado os espaços públicos também como forma de protesto, como é o caso do Ocupe Estelita", contou. Pitty, de todas a que têm uma relação afetiva mais próxima com a cidade concordou. "Eu fiz as pazes com o Carnaval aqui no Recife, um lugar que tem uma cultura regional muito forte mas que também dá espaço para outras coisas. Aqui há uma democratização maior da cultura", opinou. A roqueira contou ainda que, muito antes de ficar famosa, fazia caravana com os amigos baianos para vir ao Recife curtir o Abril para o Rock e aqui fez muitos amigos.

Desamor foi o tema do segundo bloco. Taís, Astrid, Mônica e Pitty discorreram sobre a dor de ver um amor acabar. "O tamanho da dor é proporcional ao tamanho do amor, mas dói de todo jeito", pontuou Astrid. Taís revelou que só amou de verdade na vida três pessoas. "Até com o fim do relacionamento com um traste eu sofri", contou arrancando risadas da plateia revelando ainda que é daquelas "que choram no banheiro, deslizando pela parede como cena de novela".  Outro pernambucano que fez uma participação especial no programa, mas em vídeo gravado, foi o cantor Johnny Hooker falando sobre suas experiências e suas músicas que falam muito sobre amor e desamor.

O último bloco teve participação da blogueira Camila Coutinho, pernambucana referência mundialmente quando o assuntos é "moda e mundo digital". Ali ela foi contestada sobre a fama do pernambucano de ser vaidoso. A gente é muito orgulhoso do que a gente produz aqui. Acho que isso blinda nossa cultura de uma maneira muito legal. Pernambuco é um dos estados do Brasil que consegue preservar essa coisa do tradicional e consegue trazer essa coisa do novo também”, explica a blogueira. Ela pontuou ainda que a internet tem ajudado bastante às pessoas a se mostrarem como são, sem padrões no sotaque, por exemplo.

Já Mônica Martelli surpreendeu ao falar que tem auto estima baixa. E disse, ainda, que consegue entender a auto estima do pernambucano com o lugar onde mora. "Recife é uma cidade que os moradores daqui deviam viver como turistas. Toda vez que venho aqui, tenho vontade de sair descobrindo as coisas e as descobertas não acabam nunca, revelou. Taís Araújo contou que conhece pouco o Recife mas vive cercada de recifense no Rio de Janeiro. "Eu tenho uma coisa com os recifenses, com pernambucanos, que é uma loucura. É uma cidade que me parece muito comprometida com tudo", disse.

Após o encerramento da gravação, elas fizeram questão de fazer selfies como todo mundo que pediu  e ainda atenderam a imprensa para uma mini coletiva. Todas falaram que ficaram muito felizes com a repercussão e que notavam que, aqui, o público realmente se preocupou em ouvir, prestar atenção nas discursões, acima de tudo. "Você não via ninguém no celular", disse Pitty.

 

 

 

 

Últimas notícias