Em cadeira de rodas, Maria Gadú faz a festa no Recife e fala sobre preconceito e adoção

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 25/02/2017 às 8:32
Foto: Felipe Souto Maior/AgNews
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Informações e fotos de Felipe Souto Maior

De cadeira de rodas e com ajuda de seguranças, a cantora Maria Gadú curtiu o Carnaval do Recife, na noite dessa sexta-feira (24), no Camarote Casarão Recife Antigo, localizado no Marco Zero.

A cantora foi uma das convidadas do show da amiga Nena Queiroga, que ainda contou comparticipações de Lucy Alves, Lia Sophia, o ex The Voice Brasil Ayrton Montarroyos, Tony Garrido e Jony Hocker ganharam as ruas do Recife cantando frevos pernambucano.

3 Foto: Felipe Souto Maior

Casada há quarto anos com Lua Leça, Gadú que é foliã de carteirinha do Carnaval do Recife, revelou que hoje viveu uma de suas maiores emoções. "São tantas memorias significativas que tenho nessa terra. Hoje teve uma coisa que vou lembrar pro resto da minha vida, que me lembrou a primeira vez estive no Carnaval. O Carnaval está homenageando Naná Vasconcelos e todos os metres se juntaram para lembra-lo, foi uma das minhas melhores emoções", contou Gadú.

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Sobre o incidente da cadeira de rodas, a cantora disse que levou uma queda durante um show. "Em 2013, eu estava fazendo um show em Brasília cai e rompi todos os ligamentos do joelho, não operei e venho protelando essa cirurgia. De quando em quando eu preciso da cadeira de rodas, mas agora eu decidi operar, porque passar mais um Carnaval assim ninguém merece", revelou.

Preconceito é que não falta na vida de qualquer pessoa, com Gadú não e diferente. "Preconceito tá em tudo, é claro que você na condição de artista cria uma evidencia que as vezes as pessoas mascarar o preconceito delas não sei por qual motivo. Preconceito acontece todos os dias, sofremos preconceito dentro e fora da família", pontuou.

4 Foto: Felipe Souto Maior

Gadú não e de se abalar. "Eu não sou uma pessoa de mágoas, mas tem coisas que você ver o olhar da pessoa, É muito horrível uma pessoa fazer uma analise da sua vida. Eu não consigo nem colocar como opção sexual. Dá muito trabalho viver a própria vida. Qual é a grande questão de ficar analisando a vida alheia? Que seja em crença, que seja em cor, na sexualidade. Talvez muita coisa me magoaram não sofrendo, mas sim assistindo o preconceito", desabafou.

Foto: Felipe Souto Maior/AgNews Foto: Felipe Souto Maior

Assim como toda mulher, Gadú tem o sonho de ser mãe. "Já entramos na fila para adoção, mas é uma coisa muito demorada, estamos esperando sair o resultado da avaliação. Como somos homossexual, alguns juízes analisam muito o caso", finalizou Gadú.

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