Trecho de um livro sobre a vida da atriz Judy Garland, falecida em 1969, afirma que ela sofreu abuso sexual no período em que filmou o clássico “O Mágico de Oz”, em 1939. Com apenas 16 anos à época, Judy interpretou Dorothy, a personagem principal, e teria sido abusada repetidas vezes por alguns dos anões que interpretavam os Munchkins – aqueles que ajudam Dorothy a encontrar a estrada de tijolos amarelos.
O relato foio descrito por Sid Luft, que foi casado com Judy Garland de 1952 até 1965, autor do livro “Judy e eu: Minha vida com Judy Garland”. Segundo o jornal The Sun, que obteve as informações, a atriz contou ao marido tudo que sofreu. Na publicação Sid revelou que "Eles achavam que poderiam escapar de qualquer coisa por que eram pequeninos. Eles fizeram a vida de Judy um pesadelo no set colocando suas mãos por baixo do seu vestido. Os homens tinham mais de 40 anos", diz o texto.
Os atores que interpretaram os Munchkins no filme não tinham boa fama em Hollywood. Em uma entrevista em 1967, Judy Garland disse que eles eram bêbados, que se embriagavam todas as noites. Havia também boatos de grandes orgias durante as filmagens. Eram mais de 120 atores. Muitos deles refutaram as acusações.
Atualmente apenas um dos atores que interpretou um munchkin continua vivo. Trata-se de Jerry Maren, hoje com 97 anos. Ele diz que os relatos de que as farras destruíram o hotel onde eles se hospedavam são apenas boatos. “Como você conseguiria ficar bêbado ganhando apenas US$ 50 por semana?”
O livro de Sid Luft foi publicado pela primeira vez em 1992, mas apenas recentemente a gravidade dos abusos sofridos por Judy Garland foi assimilada pelo público. Judy Garland foi casada com Sid Luft por 13 anos. Ele foi o segundo dos seus cinco maridos. A atriz morreu prematuramente, aos 47 anos, de overdose, em 1969. No livro, Luft fala da batalha de Garland contra o vício e diz que ela tentou se matar várias vezes. "Ela era casada com as drogas antes de me conhecer. E nunca se divorciou delas".
