Ambientalistas alertam para efeito nocivo do glitter

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 05/02/2017 às 15:00
Glitter - Foto: reprodução
Glitter - Foto: reprodução

Este é, mais do que qualquer outro, o Carnaval do glitter: está em quase todos os tutoriais de make e editoriais de moda. Os ambientalistas, no entanto, têm pregado os efeitos nocivos das partículas de brilho quando o Carnaval chega ao fim.

Explica-se: assim como a purpurina, o glitter é um microplástico que acabará poluindo a natureza, sobretudo o oceano - quando ele não já é retirado no mar. O site de ecologia Pedra Ambiental faz alerta: feito de copolímeros de plástico e folículos de alumínio, o microplástico não se decompõe, é impossível de ser recolhido, devido ao tamanho minúsculo, e, por isso, corresponde a 85% de todo o plástico encontrado na natureza.

Segundo estudo publicado pela revista Nature, em 2015, o microplástico representa 236 mil toneladas métricas dos 8 milhões de toneladas de plástico que chegam aos oceanos, anualmente, e prejudicam a vida marinha. "[Entre os microplásticos] o glitter e a purpurina são ainda mais maléficos: podem ser engolidos desde pelos seres mais diminutos até os do topo da cadeia alimentar", expõe o site Pedra Ambiental.

A repercussão tem levado ambientalistas a sugerirem substitutos para o glitter e a purpurina no Carnaval, e exigido dos foliões conscientizados achar outros recursos. Há ambientalista propondo pesar a necessidade do brilho e investir em pinturas à base de urucum, por exemplo, como usam os índios. E há foliões empenhados em usar glitter comestível usado em confeitaria.

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