Carnaval 2017: O quanto você tentaria para ir a uma prévia?

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 26/01/2017 às 11:41
Foto: Reprodução
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ATUALIZADO

A tecnologia trouxe avanços no dia a dia da gente. Na compra de ingressos, também. As pessoas não precisam esperar horas e horas em filas enormes para comprar um bilhete. No entanto, essa realidade tem particularidades: positivas e negativas. A comodidade e conforto são as principais vitrines, mas ainda é passível de falhas, como cancelamentos ou erros inesperados. Nesses últimos dias, vivemos duas situações: com o Eu Acho é Pouco e o Fika Trankili.

O relato da estudante Rayanna Porpino viralizou no Facebook com mais de 500 compartilhamentos e 1000 comentários. Ela relata os problemas enfrentados na compra de um ingresso para o bloco Fika Trankili, da Carvalheira.

Confira o relato completo:

A estudante chegou a adquirir o ingresso, mas teve sua compra cancelada. "Fiz a compra e o cartão apitou dizendo que havia sido realizada. Recebi um e-mail do SemHora, site responsável pelas vendas, dizendo que o fato de a compra ter sido feita não garantia que seria aprovada. No outro dia, recebei um e-mail informando que a minha compra não havia sido aprovada", relata.

"Eu entrei em contato com o site, relatei o que tinha acontecido e eles me deram 24h para ter uma resposta. Liguei para o banco, me informaram que a compra havia sido aprovada e faturada, só que eles [o site] pediram o cancelamento", continua Rayanna, que chegou a falar com um dos organizadores da festa, antes mesmo do evento esgotar, mas não obteve sucesso. O site SemHora respondeu a estudante que a compra foi cancelada por divergências nos dados dela. E que nada, além do estorno, poderia ser feito, já que os ingressos acabaram.

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O mesmo aconteceu com a estudante Amanda Araújo. "Eu recebi o código, fui tentar e a compra deu recusada. Por isso, eu perdi meu código. Entrei em contato com o site, para pedir uma nova senha. Tentei novamente e só dava recusada. Fiz com vários cartões e sempre acontecia o mesmo". Após várias tentativas, até com o CPF da mãe e do namorado e usando cartões diferentes, ela comprou o ingresso. "Tentei com o CPF do meu namorado e deu a mesma coisa". Por fim, só consegui com o cartão de um amigo meu, uma cosia totalmente aleatória, que nem eu sei como consegui", conta. Ela certificou se tinha limite, ligando para o cartão, e confirmou que poderia fazer a compra.

O Fika Trankili 

Vitinho Carvalheira, um dos sócios da festa, explica que, inicialmente, o evento era um momento de confraternização entre os amigos mais próximos. Graças à organização, às atrações e à grife Carvalheira, a demanda foi aumentando. "O Fika nasceu quando sócios fundadores convidavam seus amigos e conhecidos para a festa. Eles compravam os respectivos ingressos. Isso desde o começo, há 7 anos", afirma. Ao todo, são nove fundadores, que detêm as listas da festa.

Neste ano, o mesmo aconteceu. A lista foi aberta, e as senhas enviadas. A diferença entre esta e a última edição está no método escolhido para as vendas. No ano passado, as vendas foram feitas na própria sede da Carvalheira. "Ano passado a gente fazia as vendas na Carvalheira, e isso gerou um problema muito grande porque nem todo mundo conseguiu comprar. A gente tentou fazer uma maneira mais cômoda, evitando a locomoção", conta Vitinho, sem prever as dificuldades da compra online. "Isso é uma evolução. A tendência é todo mundo comprar ingresso online, diminuir o risco. Agora, tem que se estudar qual o melhor formato de atender as pessoas. Só que infelizmente tem um limite de capacidade. Lógico que a gente quer atender a todo mundo", comenta o organizador.

Eu acho é pouco

No ano passado, houve problemas na venda do Eu Acho É Pouco. Este ano, funcionou, mas as vendas acabaram em cerca de cinco minutos. "Às 15:55h já estava na página. As 15:58h comecei a atualizá-la, porém em um instante às 16h em ponto ele já mudou o status de "não disponível " para 'esgotado'. Achei meio ilógico. Realmente perdi todo o encanto com o bloco", relatou a administradora de empresas Quércia Santos.

 

PASSARAM A PERNA

No ano passado,  no bloco Passaram a Perna, os foliões também enfrentaram uma certa dificuldade na compra dos bilhetes. A venda funcionou online e o site travava e os ingressos foram esgotados rapidamente, deixando muita gente de fora da festa.

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