Em Piedade, novo filme de Claudio Assis que começa a ser gravado segunda-feira (23), no Litoral Sul de Pernambuco, Fernanda Montenegro será Carminha, uma mulher batalhadora que sustenta a família com o dinheiro que consegue no seu bar e restaurante à beira-mar Paraíso do Mar. Cauã Reymond viverá um filho dela, Sandro, que foi roubado. No roteiro, ele é dono de um cinema pornô definido como pós-moderno. Ainda no elenco estão Irandhir Santos (Omar), um segundo filho de Carminha; Matheus Nachtergaele (Aurélio), executivo de uma empresa de petróleo; Gabriel Leone, a atriz mineira Mariana Ruggiero e Francisco de Assis Moraes, filho do diretor. O roteiro é de Hilton Lacerda, Anna Francisco e Dillner Gomes.
Leia a sinopse:
Praia da Saudade, Piedade. Lá encontra-se o bar Paraíso do Mar, localmente reconhecido por sua deliciosa moqueca de cação e cerveja sempre gelada. O lugar, construído por Humberto Bezerra há mais de trinta anos, hoje é gerido por sua viúva Dona Carminha e pelo filho mais velho, Omar. Passam os dias negociando com fornecedores, servindo clientes e criando Ramsés, filho de Fátima, a caçula de Dona Carminha que mora em outra região da cidade. Mas o cotidiano dessa família será abalado com a chegada de Aurélio, um executivo de São Paulo, que irá trazer à tona segredos há muito tempo escondidos e que, inusitadamente, conectam a família de Dona Carminha à Sandro, dono de um cinema pornô do outro lado da cidade."Piedade"
O título se refere a uma cidade imaginária "onde todo mundo ferra um ao outro", escreveu Claudio, em texto publicado na sua fanpage, no Facebook. A cidade estará virada do avesso devido à chegada de uma empresa petrolífera que precisa expulsar os moradores locais para explorar os recursos da região. "Esse filme traz rasgos da minha história familiar e aborda, como eu sempre faço, a questão das relações humanas, tendo como foco o fato de que, mesmo numa cidade onde todo mundo explora alguém, é possível se apaixonar", disse Assis.
No roteiro também estão os tubarões de Boa Viagem. "Servem como metáfora para o poder político dos grandes empresários por trás de desastres ambientais.", escreveu Claudio Assis, que vai gravar em Suape e seus arredores.
