A gente foi pro Beleleu

Na expressão popular "ir pro beleléu", o tal lugar serve a paradeiros desconhecidos ou não desejados. A palavra vem do banto e era usada por escravos pra falar da região dos mortos. Depois, seu uso foi ampliado pra designar o que desapareceu ou fracassou... A noite recifense, no entanto, ganhou um Beleleu sem acento, com CEP e vocação pra ser desejado. O espaço, localizado ali pelos bairros de Casa Forte e Santana, ao lado do Vaporetto, é feito de hits - o que é febre entre os recifenses, na gastronomia, está lá.

Pra começar, o Beleleu tem ares de food park, que é o modelo de negócio de maior sucesso no Recife, hoje, quando se trata de comida: há mesas e bancos ou cadeiras de madeira; não possui coberta, exceto quando chove, dando a sensação de estar ao ar livre; plantinhas formando um jardim vertical um dos paredões que cerca o espaço, e luzinhas criando uma iluminação baixa e delicada. A estrutura é sem burocracia: há dois contêineres - o da frente funciona como cozinha; o de trás, bar.

Baconportados é um dos petiscos em que o espaço aposta - Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem

O cardápio é feito de outros sucessos de público do momento. Há entradas do tipo petiscos - é o caso da costelinha suína ao molho de rapadura, da Provoleta (chips de provolone) e do Baconportados, reinvenção do espetinho "franbacon", com bolinhas de frango enroladas no bacon e empanadas em farofa crocante de alho - e há hambúrgueres artesanais. Conselho: não subestime o Chicken Run, de frango empanado com abacaxi caramelizado, bacon, salada de rúcula e parmesão mais maionese de pesto. Pra acompanhar, cervejas artesanais pernambucanas e drinques.

Funciona de terça a sábado, das 18h a 1h, e aos domingos, das 18h às 22h.