Caboclinhos conquistam título de Patrimônio Imaterial do Brasil

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 24/11/2016 às 13:06
Caboclinhos Cahetés Goiana FOTO:

Os caboclinhos são agora oficialmente reconhecidos como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil. O título foi concedido na manhã desta quinta-feira (24), por unanimidade, no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, na sede do Instituto Histórico e Artístico Nacional -IPHAN, em Brasília. Com o título, o caboclinho fica inscrito no Livro das Formas de Expressão e tem garantido o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais, saberes, fazeres e formas de expressão que o representam.

A votação aconteceu em Brasília

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural é composto por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Na votação, estavam gestores de órgãos públicos e mais 13 representantes da sociedade civil com conhecimento nos campos de atuação do Iphan. O Secretário de Cultura Marcelino Granja e a presidente da Fundarpe Márcia Souto acompanharam a votação, bem como a deputada federal Luciana Santos, e alguns dos “donos” da brincadeira, como o presidente da Associação Carnavalesca dos Caboclinhos e Índios de Pernambuco - ACCIPE, Erivaldo de Oliveira (Peu); o presidente dos Caboclinhos 7 Flexas do Recife, Paulo Sérgio dos Santos Pereira (Paulinho 7 Flexas), o presidente do Clube Carnavalesco Tribo Indígena Tupã, Amauri Rodrigues de Amorim. Também estava presente o pesquisador Marcelo Renan, da Gerência de Preservação do Patrimônio Cultural, da Fundarpe.

Comitiva pernambucana na sede do Iphan nacional

“Para nós, o título evidencia uma luta de 10 anos que visa especialmente celebrar a cultura popular pernambucana através de uma tradição já reconhecida por mestres como Ariano Suassuna e Antônio Carlos Nóbrega, além de diversas homenagens que são prestadas às agremiações atuantes, não apenas em Pernambuco, como em outros estados brasileiros”, destacou Paulinho 7 Flexas, presidente da agremiação Caboclinho 7 Flexas do Recife, que em 2008 conquistou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Caboclinho Sete Fexas do Recife

O pedido de registro dos Caboclinhos foi feito em 2008, pelo então governador Eduardo Campos, juntamente ao pedido de registro do Maracatu Nação, Maracatu de Baque Solto e Cavalo Marinho, que obtiveram o reconhecimento como bem cultural imaterial do Brasil em dezembro de 2014. Para subsidiar a candidatura, foi entregue ao Iphan, no dia 13 de agosto de 2013, um dossiê produzido entre dezembro de 2011 e novembro de 2012, com base na metodologia do Inventário Nacional de Referência Cultural (INRC).

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