Produtos genderless: os novos queridinhos

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 09/10/2016 às 17:45
Genderless: a moda sem gênero
Genderless: a moda sem gênero

Unissex, genderless compartilhado, sem gênero. Não importa a denominação, não é de hoje que o mercado da moda revela traços da não-categorização e separação das peças por gênero masculino ou feminino. Os looks andróginos não são uma novidade. Coco Chanel criou roupas para mulheres baseadas no que os homens vestiam, na década de 1920, porém o termo não foi renovado apenas pela moda de homens e mulheres dividindo o mesmo guarda-roupa ou produtos, mas também como uma forma de questionamento dos padrões comportamentais masculinos e femininos nas ruas

A moda sem gênero ficou mais forte em 2015 com o desfile da Gucci assinado por Alessandro Michele com peças feitas tanto para homens e mulheres. O estilo ganhou força com Rick Owens, Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertholini (já adepto ao ungendered) e outros estilistas que que aderiram ao estilo sem regras.

Jaden Smith aposta acredita que roupa não tem gênero Jaden Smith aposta acredita que roupa não tem gênero

Filho do ator Will Smith, o Jaden Smith foi um dos que começaram com a nova onda. Clicado vestindo uma saia, o também ator causou frisson na internet, sendo convidado mais tarde pela Louis Vuitton para estrelar uma campanha feminina da marca. Certa vez, Jaden publicou uma foto de look no seu Instagram com o seguinte comentário: “Fui à Topshop comprar algumas roupas femininas. Quer dizer, ‘roupas’”. Em janeiro deste ano, o ator global Bruno Gagliasso ousou com o vestido vermelho da esposa, Giovanna Ewbank, no aniversário de Paulinho Vilhena.

No Brasil, a moda genderless vem ganhando cada vez mais adeptos. No quesito roupas, a C&A fez sucesso com a linha “Tudo Lindo e Misturado”, postando em peças com toques e referências masculinas e femininas para homens e mulheres. O mesmo vem acontecendo com o mercado de perfumaria. A pernambucana Chlorophylla,  lançou produtos que podem ser usados tanto por mulheres como por homens. Segundo a diretora da marca, Chayza Dantas, o rótulo “sem gênero” combina perfeitamente com a discussão comportamental pela qual a sociedade passa hoje. “A consciência humana e o mercado estão se direcionando rumo a um futuro onde o sexismo e preconceitos contra gênero e orientação sexual não farão mais sentido”, enfatiza.

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