A série de entrevistas com os companheiros dos candidatos à Prefeitura do Recife - leiam-se cinco possíveis primeiras-damas e um possível primeiro-cavalheiro - segue com Luzia Jeanne, graduanda em direito e técnica em enfermagem aposentada pelo Ministério da Saúde, de 64 anos, companheira de João Paulo, candidato do PT. Foto: Társio Alves/Divulgação
Pra você, qual é a importância da companheira durante a campanha? Ela ajuda a vencer uma eleição?
Como cidadã do Recife, acho muito bom ter meu marido como candidato porque somos companheiros de sonhos e de luta há 40 anos e sei de sua capacidade como gestor, pois governou o Recife por oito anos e parte dos seus sonhos foram sonhados juntos e concretizados. Como a nossa cidade é muito carente de organização e de políticas públicas em todas as áreas, fico feliz que ele, mais uma vez, possa governar a cidade, invertendo prioridades e cuidando das pessoas sem esquecer as questões culturais, que são tão fortes. É evidente que tudo isso só ajuda a eleição de João Paulo, pois o povo do Recife já experimentou a sua forma de governar.
Qual é, hoje, o papel da primeira-dama?
Estarei ao lado de João Paulo como cidadã, contribuindo e sugerindo ao gestor quando for necessário, como sempre fiz em toda a sua trajetória política.
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Caso João Paulo seja eleito, como conciliará a função de chefe de família com o trabalho e a vida pública?
Do mesmo jeito que fiz nas suas duas gestões anteriores: apoiando, incentivando e participando como cidadã.
Tradicionalmente, a atuação da primeira-dama está ligada à assistência social. Qual causa você abraçaria?
A tradição não é bem o foco. Eu me coloco à disposição no que for preciso, como cidadã que vive em uma cidade com inúmeros problemas sociais, e tenho plena certeza de que, como gestor, João Paulo tem suas prioridades e tem equipes capacitadas para cuidar bem da cidade e das pessoas.
Há uma primeira-dama que lhe seja referência?
Não tenho referências, porque acho que a primeira-dama não é condutora de políticas públicas. Ela pode dar a sua contribuição, mas não como gestora, e sim como cidadã.
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