Marca de roupas de Beyoncé é acusada de usar trabalho escravo

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 17/05/2016 às 13:22
Ivy-Park FOTO:

Nem a marca da diva Beyoncé escapou polêmica que ronda a maioria das marcas de roupas no mundo: o trabalho escravo.  Segundo o jornal inglês "The Sun", os costureiros que produzem os modelitos da linha de roupas esportivas da cantora, a Ivy Park (uma homenagem a filha Blue Ivy, de 4 anos), no Sri Lanka, trabalham em regime de escravidão, recebendo cerca de R$ 21 por dia de trabalho. A marca foi lançada em março deste ano.

Ainda de acordo como jornal inglês, as costureiras são jovens camponesas que trabalham mais de 60 horas, de segunda a sábado, para cobrir seus gastos com as moradias alugadas pelo dono da fábrica e conseguir receber o salário no fim do mês. Uma legging da linha é vendida por cerca de R$ 575 na Europa, assim, os funcionários que da fábrica teriam que trabalhar mais de um mês para conseguir comprar o que produzem.

Uma operária, de 22 anos, contou que vive em uma casa com 100 quartos, em Katunayake. "Tudo o que fazemos é trabalhar, dormir, trabalhar e dormir", disse ela. "O salário que recebo é igual a metade do salário médio do Sri Lanka, que gira em torno de R$ 821". A costureira, que preferiu não se identificar, contou mais ao "The Sun": "divido o quarto com minha irmã, de 19 anos. Não temos cozinha ou banheiro independente, é apenas um dormitório. O banheiro é compartilhado por homens e mulheres que moram na mesma casa, nós temos muito medo do que pode acontecer se estivermos sozinhas perto deles - revelou a jovem.

A TopShop, que representa a marca da cantora anunciou, em nota, que mantém um controle ético rigoroso com os fornecedores e negou todas as acusações: "estamos orgulhos de nossos esforços em fazer auditorias regulares nas fábricas que fornecem as malhas. Em todo o mundo, nossas equipes trabalham para assegurar que nossos parceiros sigam à risca as determinações mundiais de bem-estar dos funcionários que prestam serviço para a linha".

Beyoncé não comentou a polêmica envolvendo a coleção que leva o nome de sua

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