Cláudia Rodrigues sobre a sua doença: “Quem está aqui é uma nova mulher!”

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 12/04/2016 às 10:00
Foto: Reprodução
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Após uma longa recuperação, Cláudia Rodrigues abriu o jogo sobre a sua doença e o possível fim da guerra contra a esclerose múltipla. A humorista, que arrancou muitos risos dos brasileiros como Marinete, na série A Diarista, descobriu a doença degenerativa em 2000, após sentir um braço dormente. 16 anos depois, a atriz, de 44 anos, está mais perto da cura. Em janeiro, ela começou um tratamento com células-tronco e fez um transplante de medula.

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Cláudia Rodrigues se submeteu a transplante de células-tronco para tratar esclerose múltipla

Cláudia, que está cada vez melhor, vive uma rotina normal ao lado da filha, Isa Hieatt e brinca: “Só não esperem me ver dando estrelinhas (piruetas) ainda”, disse ela, que usa andador para se locomover com mais facilidade. Mas a recuperação nem sempre foi fácil. Em 2015, a comediante enfrentou uma crise de depressão e precisou ser reanimada.

A boa notícia é que a atriz voltará às telinhas em breve, com o programa Domésticas, que ela preferiu não divulgar se que emissora será.

18a53a54-2cf8-46de-9d40-afac14c32b8c Claudia abraçada com a filha. Foto: Reprodução

Em entrevista à revista "Tititi", Cláudia revelou todos os detalhes da doença e da sua recuperação. Confira alguns trechos:

Três meses após o transplante de medula, você já consegue ter uma rotina como a de qualquer outra pessoa?

Cláudia Rodrigues – Levo uma vida praticamente normal. Faço fisioterapia, terapia ocupacional e até ortóptica. Já ouviu falar nisso (risos)? Quando o médico falou que eu precisava me consultar com uma especialista, achei que era por conta da perna. Acontece que, quando tive um surto, um nervo travou e fica puxando um olho para a direita. Como diz a doutora, fiquei com um olho no gato e outro no peixe. Poxa, nem gato eu tinha (risos). Agora faço musculação para os olhos.

Teve medo de não segurar a barra?

Não tive medo de morrer em momento algum! Minha maior preocupação era deixar o hospital logo (risos). Verdade! Entreguei nas mãos de Deus! Conversei com ele e pedi: ‘Senhor, se for para ser agora, me leva logo. Não quero sofrer’. Meu pai morreu de câncer e não queria ficar internada, sem saber se ia melhorar ou não.

Assim que receber alta, qual o primeiro desejo a ser realizado?

O que eu mais quero é ir à praia. Sou carioca e foi a primeira coisa que pedi ao médico. Ele liberou, mas para ir de tênis. Aí pensei: ‘Vou para quê, então?’ Passar vontade? De jeito nenhum! Quero pisar na areia, entrar na água. Mas, por enquanto, só em julho.

Pretende voltar ao batente logo?

Quero voltar a trabalhar, não importa onde. Seja na TV, na internet. Recebi convites e, em breve, vou voltar à telinha com Domésticas. Não posso dizer a emissora ainda. E, em maio, darei um presente de Dias das Mães: um programa na internet. Será de graça, para todo mundo acompanhar!

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E vêm outras novidades por aí?

Vou estrear a peça Teste do Sofá em setembro, nos EUA. E a Adri está escrevendo minha biografia. Ela tem sido uma irmã. Ficou comigo praticamente o tempo todo, 24 horas por dia. Já não aguento mais (risos). Não vejo a hora de ficar boa e dizer tchau (gargalhadas)!

O seu bom humor ajudou você nessa vitória pela vida?

Não tem jeito, tem que rir de você mesmo!

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