"Making a Murderer": uma história comovente e instigante

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 05/01/2016 às 12:01

Foto: Reprodução Foto: Reprodução

Uma história real e instigante está conquistando o público e os críticos. Trata-se da série documental Making a Murderer (Construindo um Assassino), criada pelo Netflix, que estreou em dezembro. A história, produzida por Laura Ricciardi e Demos Moira, levou dez anos para ficar pronta. O seriado é dividido em dez episódios que narram os acontecimentos na vida de Steven Avery, da pacata Manitowoc, cidadezinha do Estado de Wisconsin, norte dos EUA, um homem que ficou preso por 18 anos por um crime que não cometeu.

Como o nome já adianta, a série mostra de que maneira o caso foi construído, de uma investigação policial negligente e direcionada à condenação de um inocente. Avery ficou nacionalmente conhecido ao ser inocentado em 2003, graças a um exame de DNA, da acusação de estupro que o fez passsar 18 anos na prisão. Mas, para a surpresa de todos, em 2005, quando ele iria ganhar uma indenização no valor de US$ 36 milhões, Avery foi acusado de assassinar uma jovem fotógrafa.

Confira o trailer: 

https://www.youtube.com/watch?v=Aw8PoBRCprE

A mãe do acusado, que já havia pedido ajuda da mídia para o caso, conseguiu chamar a atenção de Moira e Laura, que encontraram no drama um bom tema para o documentário. As duas diretoras reuniram cerca de 700 horas de imagens com depoimentos de Avery, familiares e vizinhos, material de arquivo e registros policiais e judiciais, além das sessões do rumoroso julgamento pela segunda acusação, em 2007 — que envolveu também um sobrinho adolescente de Avery, suposto cúmplice do crime.

Making a Murderer expõe as entranhas do sistema americano. A série acompanha cada lance da defesa, das provas plantadas aos depoimentos manipulados, enquanto a promotoria lança uma carta da manga para embaralhar a percepção dos jurados — e dos espectadores — sobre a culpa ou a inocência do réu.

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