#FLOP - O que decepcionou em 2015

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 28/12/2015 às 10:45
Fotos: Reprodução
Fotos: Reprodução

por Robson Gomes

Especial para o Social1

#1 – Programa do Gugu

gugu

Se Xuxa chegava na Record para sacudir as estruturas, Gugu queria chegar na mesma proporção, mas o fez das piores formas possíveis. O novo formato de seu programa, que estreou em fevereiro deste ano em esquema de temporadas, usou dos artifícios mais primitivos para conseguir seus pontos de audiência. Beirando o sensacionalismo, Gugu nos apresentou “entrevistas exclusivas” (e constrangedoras) com criminosos como Suzane Von Richtofen e o goleiro Bruno. Além disso, vimos os apuros de um programa ao vivo com micos impagáveis como um gato atacando a possível dona dele após ele ter “desaparecido” e problemas de retorno que expuseram o playback da cantora Wanessa, gerando mal estar na cantora e provocando até demissões na equipe da atração. Numa busca desenfreada de juntar jornalismo com entretenimento, o que se viu nessa primeira temporada foi um programa fraco, mas que infelizmente, voltará em 2016. Deus nos ajude!

#2 – Babilônia

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Na abertura, Mart'nália cantava: “Pra que chorar / Se o sol já vai raiar / E o dia vai amanhecer”, mas o dia não amanheceu para a novela “Babilônia”. Escolhida como a trama que ia comemorar os 50 anos da Rede Globo, a história escrita por Gilberto Braga foi um fracasso retumbante. O elenco era estelar: Fernanda Montenegro, Glória Pires, Adriana Esteves, Arlete Salles... Mas o inesquecível beijo gay entre “Fernandona” e Nathália Timberg, logo no primeiro capítulo, causou muito mais do que deveria. As críticas vieram de forma escandalosa, mexendo na “tradicional família brasileira”. A Globo bem que tentou consertar, mas a coisa só piorou. O casal gay foi perdendo espaço, a personagem de Sophie Charlotte que se tornaria garota de programa, virou moça de família e trabalhadora. E pra piorar, tinha uma mocinha chata que despertou a ira dos telespectadores, mesmo interpretada pela grande Camila Pitanga. Resumindo: uma novela para esquecer que existiu um dia.

#3 – Tomara Que Caia

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Sabe quando você tem a faca e o queijo na mão, mas joga de propósito na areia e mela tudo? Foi exatamente o que a Globo fez com o seu trágico humorístico “Tomara Que Caia”, que estreou em julho, nas noites de domingo. Fruto do Fórum de Novos Formatos da emissora, a ideia era mesmo original: uma disputa de teatro de improviso com um grande elenco e intervenção do público de casa. Para isso, chamaram alguns atores que tinham inclinação para a comédia, outros não, e a Cia. de Humor Barbixas, referência do gênero improviso no Brasil, já conhecidos do público de TV pelas passagens no “Quinta Categoria” (da antiga MTV Brasil) e “É Tudo Improviso” (Band). Com tudo para dar certo, eles erraram a mão ao ter um texto pronto que guiavam os atores e “trolladas” nada engraçadas aos olhos dos telespectadores, que criticavam bastante nas redes sociais a cada domingo. O programa foi modificado várias vezes até ser retirado da grade através de uma nota divulgada pela emissora. O público clamou: “Tomara Que Saia do Ar”, e a Globo assim o fez.

#4 – A Fazenda 2015

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O reality show “A Fazenda” já dá sinais de cansaço há um bom tempo. Mas a Record insiste no programa e fez uma mudança bem interessante para esta oitava edição: convocou Roberto Justus para apresentar a atração e deixando Britto Jr. de fora. Talvez esse tenha sido o único aspecto positivo. Com um elenco duvidoso que mescla subcelebridades e artistas fora dos holofotes da mídia, as pessoas só ouviram falar desta edição por causa dos barracos causados, principalmente, pela cantora (hoje, gospel) Mara Maravilha, que já declarou quando saiu do programa que se arrepende profundamente de ter entrado. O vencedor deste ano foi um ex-ator global que ninguém lembra o trabalho que ele fez. A nona Fazenda para 2016 ainda não está garantida. Vamos torcer para que repensem a utilidade de mais uma edição dessas.

#5 – O Triste Fim do “CQC”

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O “Custe o Que Custar”, mais conhecido como “CQC”, foi uma grande atração exibida nas noites de segunda-feira pela Band. Foi através deste “resumo semanal de notícias” que conhecemos nomes como Rafinha Bastos, Marco Luque, Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Rafael Cortez e Monica Iozzi. Capitaneados pelo grande Marcelo Tas, o CQC revolucionou na forma de fazer humor e, principalmente, de falar sobre política. Mas se a renovação não vem, a fórmula desgasta. E aos poucos, o programa foi cansando. Em 2014, Marcelo Tas deixou o semanal e ali era o início do fim. No início de 2015, a Band escalou o ator Dan Stulbach para conduzir a atração, mas não convenceu. O público se afastou ainda mais e a audiência piorou. Com isso, a Band resolveu “não acabar” o programa, mas dar “um ano sabático” em 2016 para o CQC voltar no ano seguinte. Mas se todo o elenco (menos Dan) foi demitido, você acha mesmo que a atração tem chances de voltar? Veremos.

Com tudo isso, esperamos que, em 2016, a TV aberta continue com esse movimento todo para termos muito o que conversar. Até o ano que vem!

Leia mais: Os sucessos da TV aberta em 2015

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