SPFW: 3º dia teve Vitorino Campos, Iódice, GIG e João Pimenta, com moda masculina

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 21/10/2015 às 8:52
gig FOTO:

São Paulo (SP) - A terça-feira do SPFW começou com o Inverno 2016 de Vitorino Campos dando bom-dia na Casa Jaguar, espaço temporário de eventos sofisticado na medida da criação de Vitorino, que recorreu a uma temática galáctica, inspirado no filme Interstellar, de Christopher Nolan, e no planeta rosa GJ 504b (lembram dele? Descoberto lá em 2013 pelos astronautas). Pois bem, a coleção de Vitorino é feita de pinceladas nos uniformes dos astronautas - mangas longas, tecido farto - no rosa associado ao tal planeta e em informações sobre o universo - que o diga o vestido transparente que abre o desfile, fluido, branco (será o aspecto leitoso da Via Láctea?) e com cores esparsadas que vão do rosa do GJ 504b à escuridão. Destacam-se, ainda, como apostas do estilista: o uso de jeans sem lavagem, os vestidos justos e longilíneos - com muita coisa na altura do tornozelo, ou então midi; além de roupa masculina, incluída nesta temporada. Ah, e nos pés, só tênis branco.

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Na sequência, no estúdio fotográfico Píer 88, Vila Leopoldina, Adriane Galisteu abriu-alas no frisson da Iódice, junto com o marido, Alexandre Iódice, e o filho do casal, Vittorio. Foi assistir às novidades do sogro, Valdemar Iódice, que criou a coleção Belle Époque, com as modelos usando boinas, dando ares da intelectualidade característica da época francesa. A coleção é elegante: os shapes, que nem Vitorino, são longilíneos ou midi; e há uma investida em seda e renda - esta última, quando não faz toda a peça, aparece nos punhos e barras. As listras e os canelados também em alta. E as cores escuras, como preto e azul, mais o terroso imperaram. Para fechar, pedras enormes em aplicações ou substituindo botões.

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À tarde, já no prédio da Bienal, a estilista Gina Guerra mostrou uma pegada esportiva, na sua GIG Couture. E havia um quê de tropicalidade também, com abacaxi reinventado, pássaros e estampas que remontam à década de 60 - só que tudo isso em cores não óbvias e junto com muito brilho e tricô. Foi um dos desfiles mais bonitos, dada a explosão de cores e estampas. Gina foi além também ao apresentar, pela primeira vez, roupa masculina. Havia peças altamente desejáveis.

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Depois da moda masculina estrear nas coleções de Vitorino Campos e da GIG Couture, João Pimenta mostrou a sua, com costumes (blaser e calça) lindos e enriquecidos com toques que suavizavam o visual austero que um paletó pode dar ao homem. Havia cintos cor-de-rosa, camisas de linho floridas, costume verde (lindo!) e num azul não tão escuro. Chamava atenção detalhes como a figura de Nossa Senhora Aparecida pendurada ao bolso, ou uma rosa no mesmo lugar. De tecido, sobressaiu o jacquard, feito pelo próprio João Pimenta. Os modelos desfilaram ao som de Ava Rocha, cantora querida do momento, e aos olhos de Júnior Lima, que sentou à primeira fila com a mulher, Mônica Benini. Olhava atento às roupas, depois do desfile disse preferir roupas confortáveis a bonitas.

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*Repórter viajou a convite do SPFW

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