Tatá Werneck é acusada de transfobia por causa de música

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 20/09/2015 às 11:03
Banda Renatinho - Foto?:Facebook/reprodução
Banda Renatinho - Foto?:Facebook/reprodução

Banda Renatinho - Foto?:Facebook/reprodução Banda Renatinho - Foto:Facebook/reprodução

A atriz e humorista Tatá Werneck vem sendo criticada nas redes sociais por causa da música "Travesti de fogo", trabalho de estreia de seu projeto musical, a Banda Renatinho, da qual a atriz é vocalista. A letra, apontada como transfóbica pelso críticos diz o seguinte: “Às vezes tenho medo de travesti. Rosto feminino e masculino ao mesmo tempo (...) Travestis carregam navalhas na bolsa e matam pessoas mil". Na página oficial da banda no Facebbok um internauta opinou:. "É muito fácil fazer piada com opressão dos outros, esse humor é sujo e tosco". Por meio da sua assessoria de imprensa, Tatá pediu desculpas publicamente às travestis em uma declaração dada na manhã deste domingo, 20:

"O Brasil é o país que mais mata travestis no mundo. Dizem que a média de vida não chega a 30 anos. Desde ontem, recebo críticas e ameaças por conta de uma música da @bandarenatinho. Na verdade queríamos com a música dizer que ter medo de travestis é totalmente infundado, absurdo e inadmissível. Algumas pessoas nem leram até o final. E achávamos que através do humor nossa crítica seria clara. Mas se não fomos entendidos, Lamento muito. Não quis ofender as travestis e, por isso, peço desculpas. Sei que esta é ainda uma população extremamente vulnerável, que sofre preconceito, discriminação e falta de políticas públicas. As situações de violência física e emocional a que estão submetidas são inúmeras... Quero transformar as críticas que recebi em uma oportunidade para chamar a atenção do caminho que ainda temos que construir para que as travestis tenham os seus direitos respeitados. Contem comigo",

Na página oficial da banda no Facebook, um comunicado oficial também foi publicado na madrugada deste domingo:

"A intenção é sempre divertir. E no caso dessa canção, havia também o intuito expor o nosso repúdio ao preconceito e à discriminação para com as travestis. Fizemos a crítica jogando luz num suposto 'medo - absurdo e sem fundamento - de travestis', algo que não reflete a nossa opinião, por isso nos sentimos a vontade pra criticar 'brincando'. Não julgamos ter cometido erro algum, já que a intenção era repudiar uma mazela. Fomos mal interpretados. Fizemos do nosso jeito: com humor. Porém, se a semântica do nossa arte, que tinha o primordial objetivo de atender ao propósito de toda piada, que é 'fazer rir', e a nossa crítica a esse preconceito sem sentido acabou por causar desconforto e mal estar, pedimos desculpas. Pedimos desculpas pelo fato de ser a transfobia um crime (embora não tenhamos cometido), além de ser algo abominável. Crescendo sempre. Menos a Tatá. (Estamos falando de estatura, ô!). Roques mil!"

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