Elza Soares no show "Elza canta e chora Lupícínio"/Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Quando se é o próximo a falar com Elza Soares, numa fila pós-show, diz-se o nome ao assessor da cantora. É ele quem pergunta, num modus operandi exigido por ela. Ele, então, cochicha seu nome à Voz do Milênio. É um detalhe com proporção de elefante, tamanha a atenção da artista. Cumprido esse momento, Elza, aos 78 anos, recuperando-se da carga emocional de um show-tributo às dores de cotovelo de Lupicínio Rodrigues, respondeu a algumas perguntas, num tempo de um beijo. Ela, no palco do Teatro Boa Vista, onde se apresentou, sábado (12) e domingo (13), despedindo-se dos recifenses com um "Até logo!", sinal de que quer voltar.
Esta é a quarta vez em que você vem ao Recife, só neste ano. E sem repetir show algum. A que deve essa energia?
Eu acho que essa energia vem de Deus. Não tenho nem o que dizer. Eu só agradeço a Deus, todos os dias, por me dar essa força.
Recentemente você perdeu seu 3º filho.
Tem um mês e pouco
E mesmo assim tem força para estar no palco, como a gente viu.
Mas não sabe como é que o coração está, né? O coração está em pedaços! Mas a gente não pode fazer nada.
A música te ajuda?
Eu sempre digo que a música é a medicina da alma. Por tê-la comigo é que eu consigo passar por cima de muitas coisas.
No início de outubro você já lança um novo CD, A mulher do fim do mundo. Conta sobre ele.
Cara, eu estou muito entusiasmada com esse CD - são músicas inéditas, que escreveram para que eu gravasse, Eu fiz e estou feliz à beça. É a primeira vez em que eu gravo um disco só de musicas inéditas, até então eu nunca tinha feito.