Foto: André Nery/JC Imagem
"Modernizar o passado é uma evolução musical", ecoou o Monólogo ao Pé do Ouvido no começo do show de Nação Zumbi. Voltando ao Clube Português, local onde se apresentou pela última vez com Chico Science, pode-se dizer que Nação modernizou o passado de uma maneira que o manguebeat não perdesse suas raízes na música popular e, ao mesmo tempo, pudesse produzir boas músicas anos depois da morte de seu idealizador. O show deste sábado (15), que entrou pela madrugada do domingo, provou o que todos já sabiam: o espírito de Science está mais presente do que nunca, seja pelos fantasiados que perambulavam o Português, seja nos gritos ou em cada passo de Coco.
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Mesclando as músicas de seu último álbum com clássicos da banda, a apresentação mexeu com o bom público que estava presente e o espaço se transformou - guardando as devidas proporções - em um Marco Zero em dia de Carnaval. "Bala Perdida", "Foi de Amor", "Quando a Maré Encher", "Maracatu Atômico" e "Manguetown" foram algumas cantadas entre o enorme setlist. A banda conseguiu atingir as expectativas e fez jus à fama e admiração que tem em terras pernambucanas. E, como a própria banda disse em julho deste ano, "NZ não é banda de Carnaval".
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Mas antes da apresentação mais esperada da noite, Black Alien tomou conta do clima do local e já deixou todos preparados para o que estava por vir. O rapper interagiu com o público, cantou e foi chamando o público aos poucos para dentro do Clube. Além dele, quem tocou também foi a DJ Lala K, preenchendo de maneira eficaz o espaço entre uma atração e outra. O camarote open bar, apesar da quantidade de poças d'água devido às chuvas, atraiu muita gente que aproveitou cerveja, whiksy, refrigerante e água. A pista não estava superlotada, o que ofereceu um espaço melhor para os presentes, que saíram de lá com a sensação de que tudo saiu como o esperado.