Sommelier foi a três supermercados em busca de vinhos bons e baratos

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 15/07/2015 às 7:00
Marcos Nascimento/Fotos: Social1
Marcos Nascimento/Fotos: Social1

O Social1 visitou três grandes redes de supermercados - Bompreço, Extra e Carrefour - na companhia do sommelier do restaurante The Black Angus, Marcos Nascimento. Fomos às unidades da avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem, à procura de vinhos bons e baratos. O teto: R$ 50.

Marcos Nascimento/Fotos: Social1 O sommelier Marcos Nascimento/Fotos: Social1

Primeira parada: Bompreço

"Tem muita coisa boa aqui. Não bebe vinho quem não quer", soltou o sommelier, olhando para as prateleiras. No supermercado ele elegeu o Monte das Ânforas (R$ 47) - exibido na foto acima -, produzido pela Quinta da Bacalhôa, uma das mais antigas e respeitadas de Portugal; além do Monte Velho (R$ 46), da vinícola Herdade do Esporão, e o Rapariga da Quinta (R$ 31), da Luís Duarte, todos do Alentejo, Portugal. No caso desses, Marcos Nascimento observou seus produtores. Ele ensina que ter essa informação é sempre bom - "Você sabe que ele preza pelo produto, por mais simples que seja. Há uma garantia de qualidade", fala, referindo-se ao fato de que grandes produtoras de vinhos de guarda fabricam também os de entrada, que são os mais baratos, porém bons. Nascimento classifica os três rótulos com corpo médio e sabor frutado, facilmente agradáveis aos paladares diversos - sobretudo os pouco habituados à bebida da uva.

Algumas prateleiras à frente e mais duas indicações dele: o sulafricano Obikwa (R$ 32) - com rolha de plástico que, ele garante, veda melhor do que a de cortiça, guardando bem o vinho na adega, ou na geladeira - e o chileno Clássico Merlot (R$ 35), da Ventisquero. Esse último considerado um vinho redondo, que cai fácil, fácil, no gosto de mulheres, sobretudo, já que costumam preferir vinhos macios, leves e frutados como ele.

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Segunda parada: Extra

O supermercado tem uma oferta menor e a disposição dos vinhos também não é tão boa quanto a do primeiro. O sommelier achou os rótulos Alabastro (R$ 40,90) e Dão (39,90), ambos produzidos pela gigante de vinhos portugueses Aliança, e o chileno Tantehue (R$ 27,90), da Ventisquero. O trio foi selecionado segundo os mesmos critérios dos alentejanos encontrados no Bompreço: de boas produtoras e fáceis de tomar, sendo ideais para o dia a dia ou para acompanhar uma massa, por exemplo.

Um achado bastante vibrado por ele foi o californiano Woodbridge (R$ 45,90), produzido pela Robert Mondavi, nome de um dos principais responsáveis por colocar os vinhos da Califórnia (EUA) no mapa da bebida. Destaca o que é feito com a uva zinfandel, equivalente à italiana primitiva - "É potente, dá um vinho com corpo médio e muito frutado e macio; aveludado".

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Terceira parada: Carrefour

No último supermercado do tour entraram na lista o argentino Santa Julia (R$ 29,99), que faz a linha macio na boca e redondo - portanto, fácil de tomar -, e os chilenos Novas Gran Reserva (R$ 49,90), da Emiliana. que chegou ao nosso preço-limite e é leve com acidez mais acentuada, sendo uma ótima companhia para os dias mais frios, além do Don Luis (R$ 38), da conhecida Cousiño Macul, que produz vinhos mais densos e apimentados - "Com toque mais especial", diz Marcos. De saída, ele acrescentou na nossa carta o rosé francês Côtes de Provence (R$ 39,90). "É cítrico, floral e leve. Ideal para o nosso clima", fala sobre o achado.

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