Precisamos falar de foie gras?

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 09/07/2015 às 6:00
Eis o foie gras, o polêmico patê de fígado fordo de ganso/Foto: Ricardo R. Labastier/Arquivo JC Imagem
Eis o foie gras, o polêmico patê de fígado fordo de ganso/Foto: Ricardo R. Labastier/Arquivo JC Imagem

Eis o foie gras, o polêmico patê de fígado fordo de ganso/Foto: Ricardo R. Labastier/Arquivo JC Imagem Eis o foie gras, o polêmico patê de fígado fordo de ganso/Foto: Ricardo B. Labastier/Arquivo JC Imagem

Texto originalmente publicado na coluna Dia a Dia, do Jornal do Commercio, desta quinta (9):

A vereadora Isabella de Roldão apresentou à Camara do Recife o projeto de lei 116/2015, em que proíbe a produção e comercialização de foie gras e de artigos com pele de animal. Projeto semelhante levou “sim” na Câmara de São Paulo, em junho. O foie gras - fígado gordo de ganso, polêmico pelo modo de engorda do órgão da ave, submetida à alimentação forçada - é iguaria de tradição na culinária francesa.

A chef Carla Chakrian/Foto: Edmar Melo/Arquivo JC Imagem Carla Chakrian mantém dois pratos com foie gras no Ça Va, de onde é chef de cozinha/Foto: Edmar Melo/Arquivo JC Imagem

Sobre o veto ao alimento, a chef Carla Chakrian, do Ça Va, é contra. “Acho uma futilidade. Tem coisas mais importantes com que se preocupar”, diz ela, que mantém no menu do restaurante dois pratos à base de foie gras. Ela acha que o projeto passa. “Quem consome? Os ricos. A população não está nem aí, porque não é um prato barato”.

O chef Claudemir Barros aboliu a iguaria do Wiella Bistrô, mas devido ao cuto-benefpicio/Foto: Isabella Valle/Arquivo JC Imagem O chef Claudemir Barros aboliu a iguaria do Wiella Bistrô, mas devido ao cuto-benefício/Foto: Isabella Valle/Arquivo JC Imagem

O quilo custa mais de R$ 200. O chef Claudemir Barros, do Wiella Bistrô, calculou o custo-benefício e tirou a iguaria do cardápio. “Dá para fazer alta gastronomia com outros ingredientes”, sentencia ele, mas criticando o tempo dispensado ao assunto. “Há outras questões urgentes na alimentação”, fala, sugerindo que os vereadores se debrucem, por exemplo, sobre a precária situação dos matadouros e açougues da cidade.

À coluna Pinga Fogo, do Jornal do Commercio, que tornou o projeto de lei público, a vereadora Isabella de Roldão enviou nota falando que a proposta foi uma demanda levantada por coletivo de políticas públicas pela causa animal, que promove encontros do qual a parlamentar participa.

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