O nome dela é Gal

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 19/04/2015 às 14:30
Gal vai trazer o novo espetáculo. Foto: Divulgação
Gal vai trazer o novo espetáculo. Foto: Divulgação

Gal vai trazer o novo espetáculo. Foto: Divulgação Gal com seu poncho Gucci/Fotos: reprodução da internet

Vestindo um poncho de cores quentes, sob uma bela e dramática iluminação vermelha, acompanhada apenas pelo guitarrista e violonista Guilherme Monteiro, Gal Costa se assemelhava àqueles artistas andinos que parecem andarilhos; que nos dão a impressão de sempre estarem na estrada. O show que a baiana apresentou sábado (18), no Teatro Guararapes, enfileirou sucessos - quem sabe numa retrospectiva, já que a cantora caminha para celebrar sete décadas de vida, dia 26 de setembro. Em certo momento da noite, ela apresentou o músico com visível empolgação. "Ele também me acompanha no show de Lupicínio Rodrigues, 'Ela disse-me assim', e participou do meu CD, que sai no fim de maio. Vejam só quanta coisa eu estou fazendo!", disse, mais ou menos assim, mostrando-se, que nem os tais artistas andinos, firme na estrada.

Gal Costa ao lado do músico Guilherme Monteiro/Foto: reprodução da internet Gal Costa ao lado do músico Guilherme Monteiro/Foto: reprodução da internet

O poncho era de seda feito sua voz, que continua também firme. E bela. Sobretudo quando o show atinge a 4ª música, Folhetim, com o vocal da cantora aquecido e maior participação do público. A canção seguinte, Vaca profana, pesou na noite, com uma pegada rock'n'roll. Outra bastante inquietante foi Negro amor. Talvez tenha rendido o melhor momento. Com Sua estupidez e Baby comoveu, via os efeitos afetivos das canções e da sua interpretação. Terminou a primeira parte cantando Meu nome é Gal, provando que seus graves e agudos permanecem; lembrando quem ela é, a si mesma e a nós. Voltou para bis com Meu bem, meu mal e Força estranha - "Por isso uma força me leva a cantar".

Últimas notícias