Fotos: André Nery/JC Imagem
A parceria - "nem tão inusitada", como definiu Zeca - arrancou aplausos, gritos e lágrimas discretas do público que foi ao Teatro Guararapes nesta quinta-feira (16) conferir o show inédito de Zélia Duncan e Zeca Baleiro. As músicas, algumas dela, outras dele e muitas de artistas consagrados, foram entoadas pelos presentes, que podiam se sentir em casa diante de tantos tons de conversa e descontração proferidos pelos artistas. "Voltamos Recife, foi a saudade que nos trouxe pelo braço", foi assim que Zélia fez sua apresentação e foi ovacionada por todos.
"Alma Nova" foi uma das primeiras músicas que fazem parte de um dos CDs de Zeca a ser tocada. A apresentação intimista também deu a oportunidade para os cantores conversarem com o público e contarem um pouco sobre suas vidas, além de brincadeiras e histórias. Zélia ofereceu ao colega a música "Mulheres", de Martinho da Vila. Levemente surpreso, seja por encenação ou não, Zeca se divertiu com a indicação e escutou da plateia: "tem que ter volta".
Em certo momento do show, Zélia pegou seu violão enquanto Zeca saía de cena para deixá-la à sós com o público. Ela teve a oportunidade de cantar músicas do compositor Riachão, por quem confessou grande admiração. Depois, foi a vez de Zeca cantar suas músicas, como Babylon. Mesmo com grandes músicas cantadas pelo seus próprios intérpretes, a apresentação se encaixava melhor com os dois em palco, dividindo experiências e risadas.
Uma verdadeira lua de mel artística, pode-se assim resumir. Os espectadores foram transbordados pelo amor exalado pela dupla. Um show e tanto. Para se guardar na memória. Para o encerramento da noite, "Catedral" foi a escolhida, relembrando uma das canções de maior sucesso de Duncan e que a fez rodar o Brasil mostrando seu rosto. E, assim como em um casamento os convidados testemunham uma grande prova de amor, os espectadores se despediram dos cantores, cuja aliança musical deixou no ar um sentimento de paz e um gostinho de "quero mais". Até a próxima, ZZ!
