Qualquer nova festa ou data comemorativa é logo motivo de pânico para quem engatou ou pretende engatar uma dieta. A Páscoa, então, nem se fala. Não só pela ceia farta de bacalhau e comidas tradicionais, ainda é preciso driblar as tentações dos inúmeros ovos da Páscoa. Mas, afinal, é preciso abrir mão de todas as delícias do período? A nutricionista da Prodieta Mariana Alencar garante que não.
"Tudo é questão de foco e determinação. Páscoa não remete apenas a uma alimentação rica em gordura, fritura, açúcares e regada a vinho. Qualquer pessoa pode muito bem fazer uma ceia leve, com opções saudáveis", afirma a nutricionista. Na lista dos alimentos que podem - e devem - compor o prato estão as saladas coloridas (podendo acrescentar oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas) e o arroz integral, além dos peixes assados, grelhados ou cozidos".
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De preferência, estes devem vir temperados com ingredientes naturais, como azeite, cebola, alho, cominho, manjericão, orégano e pimenta. A nutricionista ainda recomenda que se retire o couro do peixe antes de consumi-lo, já que a gordura saudável presente nele concentra-se principalmente na carne. É importante também não exagerar no sal na hora do preparo. "No caso de pescados que já venham salgados, como é o caso do bacalhau, é necessário dessalgá-los adequadamente para evitar o alto teor de sódio nos alimentos", diz Mariana.
Para preparar as receitas em geral, a regra é usar farinha de trigo integral em vez da comum, arroz integral em vez do arroz branco, açúcar mascavo no lugar do refinado e preferir os leites e iogurtes desnatados aos integrais, quando for necessário seu uso. Quanto aos ovos de páscoa, a dica é dar preferência aos chocolates amargo e meio amargo, que possuem menos açúcar e menos gordura, aliado a um maior teor de cacau.
"O cacau é o componente do chocolate que vai oferecer substâncias benéficas, como os flavonóides e os polifenóis, que são antioxidantes que protegem nosso organismo contra doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e regulam os níveis de colesterol", explica Mariana. De preferência, deve-se consumir chocolates compostos por no mínimo 50% da substância.
Mas não é só pegar qualquer ovo amargo ou meio amargo. É preciso estar atento aos rótulos para não comprar gato por lebre. "Um dica importante é observar a lista de ingredientes e a tabela de informação nutricional que aparecem nos rótulos dos produtos. Os ingredientes utilizados na preparação dos produtos são descritos em ordem decrescente em relação à quantidade. Quanto maior o teor de cacau, melhor. Devem ser observadas também as gorduras saturadas e trans. Quanto menor sua quantidade, melhor e mais saudável será o chocolate", orienta.
Outra opção seria escolher versões à base de alfarroba, uma vagem de sabor adocicado que vem sendo muito utilizada em substituição ao cacau em diversas sobremesas. Os produtos feitos de alfarroba são isentos de glúten, lactose, cafeína e açúcar, além de serem ricos em vitaminas e minerais.
Para quem não dispensa chocolate, o ideal é fracioná-lo para comer um pedacinho por dia
Para quem segue dieta mas não dispensa os ovos de páscoa, o ideal é fracionar o chocolate em porções e comer um pouco todos os dias, ao invés de, como muitos fazem, comer tudo de uma vez e recomeçar do zero após a festividade. “Se o indivíduo consumir todos os ovos de uma só vez, provavelmente não conseguirá seguir um plano alimentar equilibrado e ter uma evolução satisfatória posteriormente, visto que durante todo o ano existem festas, feriados e comemorações que atrapalharão a perda de peso de forma saudável”, explica Mariana.
