As raízes internacionais de Júlia Konrad

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 31/01/2015 às 7:01
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A atriz pernambucana Júlia Konrad tem longas raízes conectando o Recife, Buenos Aires e Nova Iorque. Revelação na última novela das 19h da Rede Globo, Geração Brasil, Júlia mudou-se para a Argentina quando tinha 11 anos. Por lá, fez amigos, estreitou laços, viveu a adolescência e descobriu no teatro sua grande paixão. Mas foi no Recife, ainda na infância, que timidamente despontaram os primeiros sinais de interesse pela atuação. A mãe lembra dos diálogos da menina com seus brinquedos, repetidos diariamente, sempre alusivos a filmes infantis como Alice no País das Maravilhas. Os pais sempre encorajaram o lado artístico e o cultivaram desde cedo com aulas de balé, piano e teatro. Em 2011, Júlia deu seu primeiro voo rumo à interpretação. Pousou em Nova Iorque, onde morou por dois anos, investiu em um cursinho de artes cênicas e fez teatro musical.

Fotos: Dayvison Nunes|Styling: Terno Produção de Moda|Beleza: Guiggo Cavalcanti|Locação: Sheraton Beach Club| Biquínes: Rush Praia Fotos: Dayvison Nunes|Styling: Terno Produção de Moda|Beleza: Guiggo Cavalcanti|Locação: Sheraton Beach Club| Biquínes: Rush Praia

De volta ao Brasil, em 2013, a atriz caiu diretamente no colo da Rede Globo. Conta, sorridente, que foi uma questão de estar no lugar certo, na hora certa. “A seleção para Geração Brasil foi um redemoinho: eu cheguei no Brasil e eles já estavam procurando um núcleo pernambucano, então eles me acharam. Foi tudo muito rápido”, lembra. Antes de voltar para as terras canarinhas, Júlia havia se cadastrado no site da emissora; assim que surgiu um papel compatível com seu perfil, eles entraram em contato e agendaram um teste. Sobre sua primeira atuação em televisão, ela comenta que “foi o casamento perfeito”, que uniu suas necessidades e interesses com os da Globo.

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Em Nova Iorque, a atriz conta que só fez trabalhos com finalidade acadêmica, com exceção de um filme independente lançado há pouco tempo no festival da Estônia, Allure. No Rio de Janeiro, sentiu no corpo a correria do Projac. "É uma fábrica de fazer televisão. Eles não param", relata. Fora do estúdio a fama aparece timidamente: sua personagem, Janaína, usava muitos adereços, além de ter um estilo hippie completamente diferente da Júlia da vida real. "Fui reconhecida poucas vezes e, por incrível que pareça, aconteceu com maior frequência no Recife, depois que a novela já tinha acabado".

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Apaixonada por música e artes cênicas, ela estuda a possibilidade de unir os interesses, pois não consegue se dedicar a apenas um: "Preciso misturar". No seio de uma família voltada para a gastronomia – seu avô, Julião Konrad, é dono do grupo Spettus, e a mãe, Miriam, é sócia do Nikko Japanese Fusion – Júlia pegou um caminho bem diverso – mas garante que o tempero da família está no sangue e que sabe muito bem pilotar o fogão.

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Apesar da vida nômade, ela garante que se sente em casa no Brasil, principalmente no Recife. "É uma coisa de sangue, você chega e sabe que é daqui". A Argentina, claro, desperta saudades. Muito ficou para trás, mas sempre que arruma um tempo a atriz volta para os braços das pessoas queridas, como o irmão que ainda mora lá.

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