Quando o assunto é política, já consideramos implícito o deboche. Não se trata apenas de uma crítica ao meio político, mas sim da forma como o eleitor interpreta o regime brasileiro, além do modo como muitos candidatos se apresentam durante o período eleitoral. Afinal, não é de hoje que nos divertimos com aqueles que usam a comédia como aliada para angariar votos. Foi assim que o cantor e humorista Tiririca foi o deputado mais votado do país em 2010, com mais de 1,3 milhão de votos. A cada quadriênio, novos – ou velhos – candidatos utilizam a mesma estratégia, no intuito de conquistar o eleitor:
Vale tudo na hora de pedir voto. Foto: Reprodução/Internet
Neste “circo eleitoral”, os principais protagonistas costumam ser os candidatos à Presidência da República: mesmo os mais sérios acabam caindo nas graças dos internautas. Enquanto os presidenciáveis se estressam, gritam e perdem a linha, os telespectadores estão do outro lado, atentos, com o computador ligado, redes sociais conectadas, editores de imagens à postos, tablets e smartphones em mãos e à espera de qualquer faísca capaz de acender sua criatividade.
Neste ano, o "esquenta" começou nas entrevistas. Em agosto, os jornalistas William Bonner e Patrícia Poeta foram até o Palácio do Alvorada, onde entrevistaram a Presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Pela internet, o trio logo apareceu em uma série de memes:
Com o início dos debates, os candidatos com menor projeção nas pesquisas ganharam legiões de fãs. Tornou-se quase impossível desgrudar os olhos da televisão... e das redes sociais.
E foi assim que, no último mês, a internet deu vida à eleição mais memética da história do Brasil.