Padre Marcelo Rossi foi investigado pelo Vaticano

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 01/10/2014 às 15:52
Padre Marcelo Rossi volta ao Recife para megashow
Padre Marcelo Rossi volta ao Recife para megashow

O padre Marcelo Rossi teve  toda sua vida religiosa acompanhadda de perto pelo Vaticano do final dos anos 90 até cerca de quatro anos atrás. Segundo informações do UOL seus passos, CDs, livros, missas e aparições na TV  foram investigados por quase 10 anos, por conta de uma denúncia feita por um religioso brasileiro. A acusação foi culto ao personalismo, exibicionismo por ir demais às TVs, de desvirtuar as práticas católicas e de transformar a missa em uma espécie de "circo".

Padre Marcelo Rossi teve a vida investidada pelo Vaticano Padre Marcelo Rossi teve a vida investidada pelo Vaticano

A investigação foi comandada pela Congregação para a Doutrina da Fé, liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o papa Bento 16.  Segundo o portal, a Congregação recebia regularmente vídeos com as participações do padre Marcelo em programas como o de Gugu Liberato no SBT e de Fausto Silva, na Globo.

A assessoria do padre Marcelo e do bispo dom Fernando, superior direto do padre, disseram desconhecer a investigação. A assessoria do padre afirma que, "se isso realmente ocorreu, trata-se de um fato do passado."O Vaticano, por meio de sua embaixada no Brasil, se recusou a se manifestar a respeito.Procurada por telefone e por e-mail durante vários dias, a CNBB também se calou sobre o fato.

A reportagem do UOL levantou junto a fontes da Santa Sé que o padre Marcelo Rossi e o bispo dom Fernando estiveram a ponto de serem chamados ao Vaticano para prestar contas, no final de 2004 e início de 2005. O padre esteve próximo de ter suas atividades suspensas, bem como a publicação de livros e CDs --por pressão do denunciante, cuja identidade o Vaticano mantém oculta sob sete chaves. Ele não poderia mais celebrar missas, ouvir confissões e dar a hóstia.

Curiosamente, o que acabou por livrar padre Marcelo da punição foi a morte do papa João Paulo 2º, em abril de 2005, quando praticamente toda a atividade da Congregação para a Doutrina da Fé foi interrompida com a eleição de Ratzinger para o posto de novo papa. Ele era o "prefeito" da congregação.

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