Foi quente a revelação de Carlos Trevi como artista plástico. Acostumado a assinar curadorias de mostras, o paulistano radicado no Recife pela primeira vez põe obras suas à vista. Territórios da memória agrega 33 criações artísticas de Trevi. São esculturas e, sobretudo, objetos, ou fragmentos de recordações, guardados pela vida e, então, inseridos em caixas.
O curador Raul Córdula e Trevi entre obra que integra a exposição/Fotos: Dayvison Nunes/JC Imagem
O movimento no Sobrado Escritório de Arte, em Olinda, onde a mostra encontrou leito e teve vernissage nesta quinta (18), foi intenso. À quantidade de gente e ao calor deste início de verão, somaram-se o vermelho das cortinas e da iluminação, de Sandro Moraes, que envolviam os visitantes-testemunhas do nascimento do novo artista, como frisa o curador Raul Córdula no texto de apresentação.
O movimento na expô, no piso de cima
O primeiro andar, espécie de antessala para a expô, também estava cheio
"Tábua de salvação I", obra abaixo, é a preferida de Trevi. "Todo mundo precisa pagar uma promessa, pedir alguma coisa...", contou, sobre as fitinhas de agradecimento ou solicitações que ele juntou. Sobre as sensações da noite, concluiu: "Às vezes a gente vê os artistas como muito comerciais, mas tenho certeza agora que isso não passa na cabeça deles. A minha maior preocupação é se as pessoas estão gostando, e a menor é se vou vender".
Trevi ao lado da obra "Tábua da salvação I"
Veja na galeria de fotos de Dayvison Nunes/JC Imagem quem foi ao vernissage: