Ainda no ano passado, o tabloide inglês The Sun elegeu o corte usado por Ronaldo, o Fenômeno, na Copa de 2002, como o pior da história do futebol. A publicação se referia àquela cabeça raspada com um tufo de cabelo acima da testa, que logo recebeu a alcunha de "Cascão". Para o mundial deste ano, que começa na tarde desta quinta-feira (12), as cabeleiras prometem virar moda. “Temos uma abundância de fios volumosos e encaracolados ostentados pelos zagueiros David Luiz e Dante, o lateral-esquerdo Marcelo, o atacante Fred e pelo meia William”, conta o cabeleireiro Thiago Vieira, do Studio de Beleza GT, em Casa Forte.
Ronaldo, o Fenômeno. Foto: Reuters
Esse estilo era vetado pelo ex-técnico da seleção brasileira, João Saldanha, que achava que o cabelo cheio amortecia a bola na hora do cabeceio. Essa moda, segundo o profissional, aproxima-se do normcore, tendência que preza pelo natural. "Para essa Copa, percebe-se uma linha legal, não tem nada muito espalhafatoso, os cabelos estão mais naturais. O do David Luiz é bem solto, o do Dante tem movimento", comenta. Entretanto, para quem pretende adotar o visual, mesmo com esse ar despojado, é preciso alguns cuidados.
Dante
"Não é tão simples quanto parece. Tem que usar bons produtos, desde o shampoo até cremes hidratantes e leave in, que sejam específicos para cabelos crespos e cacheados, além de desembaraçar uma vez por dia e deixar secar solto para não marca", ensina Thiago Vieira. "Se o cabelo for mais comprido e ondulado, para ativar os cachos, sugiro usar um finalizador sem enxágue, para o caimento ficar bonito e o cabelo ter mais balanço", completa.
David Luiz, Marcelo e Fred.
E se o assunto é cabelo e seleção brasileira, não tem como não falar de Neymar. "O fato dele ter alisado o cabelo encoraja outros homens a mudar a textura dos fios. É um jogador que passou por uma transformação, deixando-o com um estilo particular", afirma o profissional. Nesta temporada, a cabeleira do número 10 do Brasil investiu numa franja lisa, penteada levemente para o lado, com as laterais raspadas e o topo da cabeça arrepiado. "Se hoje se fala de irreverência nos cabelos, fala-se em Neymar", finaliza.
Neymar
