Abertura da Copa exalta natureza, cultura e futebol em espetáculo morno

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 12/06/2014 às 16:00
Claudinha, J-Lo e Pitbull tentaram levantar o público.
Claudinha, J-Lo e Pitbull tentaram levantar o público.

 

Olha a imagem geral do Itaquerão. Fotos: AFP/Divulgaçao Olha a imagem geral do Itaquerão. Fotos: AFP/Divulgaçao

Vinte e cinco minutos. Esse foi o tempo da abertura da Copa do Mundo no Brasil, esta quinta, no Itaquerão, em São Paulo. Espetáculo foi bonito, mas não conseguiu empolgar, nem deixar os olhos marejados. Foi bonito sim, mas faltou alma, calor... Sabe aquela energia brasileira? Passou longe. Foi tudo certinho, colorido, no script, mas deixou a desejar no que a gente sabe fazer de melhor: festa.

O gramado foi preservado com um tapete especial para evitar o desgaste do verde. O espetáculo foi dividido em três partes: um voltado para a natureza, outra para a cultura e a última, claro, destinada ao futebol. No centro do campo, um globo no meio todo revestido de LED, mostrando imagens que comungavam com o que era apresentando. A trilha sonora, belíssima, teve assinatura de Otávio de Moraes.

No primeiro momento, a natureza foi mostrada na sua essência: maquiagem impecável e figurino colorido. Gotas formaram lírios; chuva tornaram-se rios... Todo o simbolismo mostrando flora brasileira.

A segunda fase trouxe a riqueza da cultura nacional através da música e dança. Tocou frevo, afoxé, roda de samba, prenda e coco. Capoeira, berimbau e baianas não foram esquecidos. No início, cada um pode dar o seu melhor, mas bacana a ideia - no final - de misturar todos os ritmos, mostrando que o Brasil é essa fusão de ritmos e gente, sem nenhuma sobreposição.

A terceira e última parte foi destinado ao futebol. Homens-bola fizeram malabarismos. Crianças trouxeram as bandeiras e uniformes dos 32 participantes da Copa no Brasil. Uma pena a Globo ter cortado a parte em que o robô deu o chute inicial do Mundial. Foi de relance. O pessoal de casa mal viu.

O ápice foi quando o globo se abriu e virou pétala. Ao som do Olodum, Claudinha Leitte entoou Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Logo depois, apareceram Pitbull e J-Lo. Sim, ela veio. Semana passada, a porto-riquenha havia falado que não conseguiria chegar por compromissos profissionais, mas deu tempo e ela arrasou.

Claudinha, J-Lo e Pitbull tentaram levantar o público. Claudinha, J-Lo e Pitbull tentaram levantar o público.

Claudinha usou um macacão azul brilhoso com o símbolo da CBF e o número 7 de Hulk - o jogador da Paraíba. Rebolou, rebolou e rebolou... Jennifer foi com um modelizo bem parecido - mais ousado - verde bandeira, com meia de Swarovski. Juntos, eles cantaram a música da Copa, We are One. O cubano tentou viu. Falou até português, mas não se viu muita empolgação. Saíram ao som de xaxado. Sem dúvida, o Nordeste foi a região mais lembrada no espetáculo.

Mas foi quando os voluntários retiraram a proteção do gramado que os torcedores foram à loucura. Falta pouco. Agora é contigo. Vai que é tua, Brasil!

Últimas notícias