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Artista divulga fotos de experimento de 1975 e choca pela semelhança com a violência dos dias atuais

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Publicado em 20/04/2017 às 18:49
Aconteceu em 1975, mas será que teria sido diferente nos dias de hoje? A artista Marina Abramovic liberou recentemente as imagens de uma das performances mais controversas de sua carreira. Chamada de Ritmo 0, o trabalho foi realizado em um pequeno estúdio de Nápoles, na Itália. Deitada, Abramovic ficaria imóvel durante seis horas como um objeto. Ao seu lado, 72 itens diversos que o público poderia usar como quisesse para interagir com a artista. A princípio, cócegas. No fim, a sérvia chegou a ser fortemente agredida e até estuprada. "Instruções: - Existem 72 itens na mesa e você pode usar como quiser em mim. - Eu sou um objeto. Durante as seis horas, assumo toda a responsabilidade pelo que acontecer." Era esse o recado que estava ao lado do seu corpo durante o experimento. Entre os objetos, penas, paus de seda, flores e água. Em outro lado, facas, correntes e uma pistola carregada.
Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute - Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute
Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute - Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute
Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute - Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute
Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute - Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute
Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute - Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute
Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute - Foto: Reprodução/Marina Abramovic Institute

As reações

No começo, os observadores eram mais comedidos. Faziam cócegas, alisavam seu corpo. Depois, resolveram mudar a posição da artista, acorrentar suas mãos e jogar água sobre ela, que trabalhava para não esboçar qualquer reação. "Tudo começou humildemente. Depois, uma pessoa deu a volta, levantou seus braços no ar e começou a toca-la intimamente", conta o crítico de arte Thomas McEvilley, que acompanhava a performance. Ele lembra ainda que, pouco tempo depois, um homem chegou a usar uma lâmina de barbear para fazer um corte em seu pescoço e outra pessoa usou espinhos de uma rosa para arranhar sua barriga. "Na terceira hora, cortaram suas roupas. Na quarta, feriram sua pele. Várias outras agressões sexuais foram realizadas, mas ela estava comprometida com o trabalho", explica McEvilley. Um espectador chegou até a colocar a arma na mão da artista e apontá-la para seu pescoço. Um trabalho controverso, é verdade, mas que nos faz refletir. Até onde vai a violência humana quando não há limites?

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