Instituições pernambucanas realizarão experimento que prova que a Terra não é plana; confira a programação

Juliana Melo
Juliana Melo
Publicado em 14/10/2020 às 14:29
Experimento acontecerá durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - Reprodução/Pixabay
Experimento acontecerá durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - Reprodução/Pixabay FOTO: Experimento acontecerá durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - Reprodução/Pixabay

Durante a próxima semana, dezenas de instituições espalhadas por Pernambuco, e até mesmo de outros estados e países, repetirão o experimento realizado pelo grego Eratóstenes para medir a circunferência da Terra. Feita há mais de 2 mil anos, a experiência comprovou que a Terra não é plana. Esta será uma das atividades propostas em Pernambuco para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontecerá de 19 a 23 de outubro.

O evento busca integrar o país através de atividades de popularização da Ciência. Em Pernambuco, a semana é conduzida pelo Espaço Ciência (Museu Interativo de Ciência/SECTI-PE) que coordena as ações realizadas por dezenas de polos, em várias regiões do estado.

São três as atividades principais que serão realizadas nos polos pernambucanos. Além do experimento de Eratóstenes,  uma atividade unificada de monitoramento da poluição luminosa será feita, além da criação de painéis, inspirados na obra “A Escola de Atenas”, de Rafael Sanzio, com o objetivo de homenagear cientistas, educadores, artistas e todos os que fazem a diferença em sua cidade ou instituição.

Este ano, o tema escolhido nacionalmente para o evento é a Inteligência Artificial, que será abordada em Feiras de Ciência, oficinas e minicursos, bate-papos, podcasts e outras atividades, transmitidas remotamente pelas várias instituições do estado e disponibilizadas no site e redes sociais do Espaço Ciência.

Confira como cada atividade será realizada:

A Terra não é plana- Para medir a circunferência da Terra e perceber que ela jamais poderia ser plana, o Espaço Ciência está convidando, não apenas os polos do estado, mas instituições de outras partes do país e do mundo. Há mais de 2 mil anos, Eratóstenes percebeu que, no solstício de verão, na cidade de Siena, o Sol estava exatamente no zênite e uma pessoa em pé não projetava sombra. Mas na cidade de Alexandria, nessa mesma data e horário, havia sombra. Isso somente seria possível se a Terra fosse esférica. Para calcular sua circunferência, ele mediu a distância entre Siena e Alexandria e realizou alguns cálculos geométricos.

Na semana que vem, ao meio-dia, em diversos pontos, haverá pessoas medindo a altura da sombra projetada por uma haste. Os dados serão cruzados e, a partir de cálculos matemáticos e de comparações entre locais situados no mesmo meridiano, será possível chegar a medidas bem precisas.

Menos luzes, mais estrelas - Durante as noites, outra atividade irá movimentar os polos de Pernambuco: o monitoramento da poluição luminosa. Em cada região, eles vão observar as constelações de Pégaso ou Grou e, a partir de um formulário guia, anotar como estão as condições de visibilidade. Com este mapeamento, será possível ter um cenário da poluição luminosa em Pernambuco para, inclusive, servir como base para políticas públicas.

A nossa “Escola de Atenas” - Os polos que fazem parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Pernambuco também vão criar painéis inspirados na obra “A Escola de Atenas”, de Rafael Sanzio. A proposta é identificar e valorizar as personalidades que fazem a diferença em cada cidade: artistas, cientistas, educadores, ativistas.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia acontece de 19 a 23 de outubro em todo o país. Em Pernambuco, as atividades acontecem de forma remota, com abertura às 10h do dia 19, com presença do Físico Sérgio Mascarenhas, do diretor do Espaço Ciência Antonio Carlos Pavão e do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Lucas Ramos.