FaceApp, em alta por "mudar gênero" a partir de foto, já foi acusado de roubar dados de usuários

Vanessa Moura
Vanessa Moura
Publicado em 15/06/2020 às 8:11
Foto: Reprodução/Instagram
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Uma nova moda entre os internautas tem tomado conta das redes, inclusive dos famosos. Isso porque o aplicativo FaceApp, permite agora ver como você seria se fosse do outro gênero, a partir do acesso a galeria do usuário. Entretanto, o aplicativo de origem russa já foi acusado de roubar dados de seus milhares de usuários quando ficou entre os mais procurados para envelhecer o rosto das pessoas, em julho de 2019.

A segurança com relação aos dados do aplicativo foram colocadas sob uma lupa devido a existência de documentos vagos que não ofereciam muito respaldo aos seus usuários, dando brechas para uso abusivo das fotografias por parte da empresa. O aplicativo admitia que poderia coletar qualquer tipo de informação que ele próprio julgar conveniente, sem especificar quais ou de que forma serão usadas.

"Usamos ferramentas de estatísticas de terceiros para nos ajudar a mensurar o tráfego e as tendências de uso do Serviço. Essas ferramentas coletam informações enviadas pelo seu dispositivo ou nosso Serviço, incluindo as páginas web que você visita, add-ons e outras informações que nos ajudem a melhorar o Serviço. Coletamos e usamos estas informações estatísticas com informações estatísticas de outros Usuários, assim ela não pode ser usada para identificar qualquer Usuário em particular", informam os termos.

Resumindo: ao concordar com essa política, o usuário autoriza que o FaceApp e empresas parceiras possam coletar dados como o histórico de navegação na internet dele. E não há garantias do que pode ser feito com essas informações depois. O aplicativo, que soma mais de 100 milhões de downloads na Google Play Store, foi alvo de discussões sobre privacidade e ciberespionagem, inclusive sendo investigado pelo FBI.