Apple pagará até US$ 500 mi por reduzir velocidade de iPhones antigos

Vanessa Moura
Vanessa Moura
Publicado em 03/03/2020 às 9:14
Foto: MacRumors
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Evitando um processo judicial nos EUA, a Apple vai pagar até US$ 25 por cada iPhone afetado pelo "batterygate". A empresa reduzia a velocidade de modelos mais antigos para evitar desligamentos inesperados, mas não avisava isso aos clientes nem oferecia a opção de desativar a funcionalidade.

O pagamento do acordo extrajudicial é de US$ 310 milhões, mas podendo chegar a até US$ 500 milhões dependendo do número de iPhones elegíveis e das taxas dos advogados. Ele precisa ser aprovado por um juiz distrital na Califórnia.

Os advogados que representam os clientes na ação coletiva descreveram o acordo como "justo, razoável e adequado"; caso o processo fosse adiante, a expectativa era alegar danos de até US$ 46 por cada iPhone afetado. A Apple negou quaisquer irregularidades; é uma tática que as empresas costumam adotar para evitarem futuros problemas jurídicos.

Problema antigo

Dessa forma, encerra-se uma ação coletiva que envolvia clientes nos EUA com determinados modelos do iPhone rodando versões específicas do iOS antes de 21 de dezembro de 2017. Isso inclui uma gama de smartphones da marca:  iPhone 6, 6 Plus, 6s, 6s Plus e SE com iOS 10.2.1 ou posterior, além dos donos e ex-donos do iPhone 7 e 7 Plus com iOS 11.2 ou posterior.

Desde o iOS 11.3, a redução de desempenho nos iPhones fica desativada por padrão. Isso é ativado se o celular sofrer um desligamento inesperado devido à bateria. Nos ajustes, o usuário tem a opção de manter (ou não) esse gerenciamento de energia.

Em fevereiro, a Apple concordou em pagar 25 milhões de euros na França por causa do batterygate. Enquanto isso, na Itália, ela foi multada em 10 milhões de euros.