Fóssil de uma tartaruga pré-histórica do tamanho de um carro sedã é encontrado na América do Sul

Larissa Lira
Larissa Lira
Publicado em 13/02/2020 às 16:10
A espécie teria vivido  entre 13 e 7 milhões de anos atrás - Foto:  PA Media / BBC News Brasil
A espécie teria vivido entre 13 e 7 milhões de anos atrás - Foto: PA Media / BBC News Brasil FOTO: A espécie teria vivido entre 13 e 7 milhões de anos atrás - Foto: PA Media / BBC News Brasil

Calma, você não leu errado e nem se enganou. Paleontologistas encontraram fósseis de uma tartaruga pré-história do tamanho de um carro sedã no norte da América do Sul. A espécie teria vivido na região entre 13 e 7 milhões de anos atrás.

Os fósseis foram encontrados no deserto de Tatacoa, na Colômbia, e na região de Urumaco, na Venezuela. A tartaruga vivia em um imenso pântano no norte da América do Sul, antes da formação dos rios Amazonas e Orinoco.

Os primeiros fósseis da espécie foram descobertos na década de 1970, mas desde então há muitas incógnitas sobre o animal de 4 metros de comprimento. Agora, descobriu-se que o macho tinha chifres que apontavam para frente em ambos os lados do casco e cicatrizes profundas encontradas nos fósseis indicam que estes chifres provavelmente eram usados como lanças para combater adversários.

Além disso, os pesquisadores afirmam ter encontrado um casco de 3 metros de comprimento e um osso da mandíbula inferior, que deu a eles mais pistas sobre a alimentação do animal. Eles acreditam que a tartaruga gigante vivia no fundo de lagos e rios ao lado de crocodilos gigantes — e adotava uma dieta diversificada, à base de pequenos animais, vegetação, frutas e sementes. Segundo eles, o tamanho avantajado foi crucial para a Stupendemys se defender de outros predadores de grande porte. Um dos fósseis da espécie foi encontrado com um dente de crocodilo gigante cravado nele.