WT Social: Wikipédia entra na disputa e anuncia sua rede social

Larissa Lira
Larissa Lira
Publicado em 07/11/2019 às 18:22
O projeto ainda está em desenvolvimento, mas já é possível entrar e acessar a rede social
O projeto ainda está em desenvolvimento, mas já é possível entrar e acessar a rede social FOTO: O projeto ainda está em desenvolvimento, mas já é possível entrar e acessar a rede social

“Nós nunca venderemos seus dados”, promete a WT Social, a rede social da Wikipédia. O anúncio da novidade foi feito pelo fundador da enciclopédia online, Jimmy Wales, na feira “Digital X”, no dia 30 de outubro, na cidade de Colônia, na Alemanhã.

O projeto ainda está em desenvolvimento, mas já é possível entrar e acessar a rede social. Segundo Wales, a WT Social terá os moldes do Facebook, mas financiado por doações e livre de publicidade. O futuro concorrente ainda alfinetou a rede social de Mark Zuckerberg. “Adeus, Facebook, é hora de algo novo”.

O visual da rede social aparenta semelhanças com a enciclopédia e coloca o dedo bem na ferida dos usuários das redes: as fake news. “À medida que as redes sociais cresceram, elas também amplificaram as vozes de maus atores em todo o mundo. As notícias falsas influenciaram os eventos globais, e os algoritmos se preocupam apenas com o "engajamento" e mantêm as pessoas viciadas em plataformas sem substância. O WikiTribune quer ser diferente”, descreve o site de inicio da rede social.

Além disso, a nova aposta promete capacitar o usuário a fazer suas próprias escolhas sobre o conteúdo veiculado e garante a edição das manchetes enganosas. “Promoveremos um ambiente em que os maus atores sejam removidos porque isso é certo, não porque isso repentinamente afeta nossos resultados”, aposta.

Quais são as redes sociais mais usadas no Brasil?

No Brasil, a WT Social entrará em um embate contra nomes de peso. Segundo o relatório Digital in 2019, feito pela We Are Social em parceria com a Hootsuite, 66% da população brasileira é usuária das redes sociais. Esse percentual equivale a mais de 140 milhões de usuários ativos.

Em terras tupiniquins, esses usuários se concentram em 5 principais redes sociais. Em primeiríssimo lugar está o Youtube, sendo a maior rede no Brasil e a segunda no mundo. Na próxima posição está o aplicativo ‘criticado’ pela Wikipédia: o Facebook. O Brasil é o terceiro país mais ativo da rede, perdendo apenas para os EUA e a Índia. Já na posição de ‘bronze’ vem o WhatsApp.

Já em quarto e quinto lugar está o Instagram e o Messenger, respectivamente. O Instagram é a sensação do momento com o maior índice de engajamento e 69 milhões de usuários no Brasil. O Messenger, por sua vez, pega carona no sucesso do Facebook , pois só deslanchou quando o Facebook mobile passou a exigir o download do Messenger para usar o chat.