Espaço Ciência comemora 25 anos de divulgação científica

Larissa Lira
Larissa Lira
Publicado em 17/10/2019 às 18:34
O Espaço Ciência é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, aberta ao público e a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento -
Foto: Reprodução | Site do Espaço Ciência
O Espaço Ciência é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, aberta ao público e a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento - Foto: Reprodução | Site do Espaço Ciência FOTO: O Espaço Ciência é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, aberta ao público e a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento - Foto: Reprodução | Site do Espaço Ciência

Há 25 anos, a semente da democratização do conhecimento científico foi plantada em Pernambuco. Em 1994, nasceu o Espaço Ciência, lugar que se tornaria um dos maiores museus de ciência a céu aberto do mundo. A primeira terra escolhida para receber essa semente foi um casarão no bairro das Graças. Logo após, em 1996, o Espaço foi para o Parque Memorial Arcoverde e só em 2005, após uma reforma e reinauguração que chegou a criar raízes em Olinda. Como a data não poderia passar em branco, nesta sexta-feira (18), o museu celebrará o seu aniversário.

A cerimônia contará com apresentação da banda sinfônica do Centro de Educação Musical de Olinda (CEMO), além da banda de fanfarras e da Cia De Dança Pyporatã, da EREM Padre Francisco Carneiro. A solenidade será às 10h, no auditório do Museu, aberta ao público.

Museu

O Xadrez Gigante fica na área Percepção do Museu. Lá, os equipamentos e atividades interativas colocam os visitantes em contato com seus sentidos - Foto: Reprodução | Site do Espaço Ciência

O Espaço é uma das grandes riquezas de Pernambuco. Com acesso gratuito, o museu recebe em média 120 mil visitantes por ano e possui experimentos e exposições que se estendem em uma área de 120 mil metros.

O Gerador de Van de Graaff deixa os visitantes de cabelo em pé -  Foto: Reprodução | Site do Espaço Ciência

Ciência Jovem

Vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, o espaço também deixa forte contribuição no ensino de ciências, com ações de inovação pedagógica e formação de professores. É ele, por exemplo, que coordena a Ciência Jovem, uma das maiores Feiras de Ciências do país, que tem a mesma idade que o Museu e recebe projetos de todos os estados do Brasil e de alguns outros países.

Além disso, o museu garante a capilaridade de suas ações com um programa itinerante conhecido como Ciência Móvel. Nestes 25 anos, o projeto já percorreu 146 municípios, quase 95% de todo o Estado. Sem contar na atuação marcante na área de Astronomia, tanto em sua sede quanto no Observatório Astronômico da Sé, gerido pelo Museu.

Organismo Vivo

A trilha ecológica conduz o visitante a um passeio com passagem por uma casa de vegetação, um formigueiro gigante, o memorial Chico Science e o píer do manguezal, de onde se pode ter uma bela visão do parque -  Foto: Reprodução | Site do Espaço Ciência

O diretor do Espaço, Antonio Carlos Pavão, em entrevista ao MundoBit, pontuou algumas dificuldades e deu algumas dicas sobre as próximas exposições do Museu.

1- Quais são as maiores dificuldades em manter o Espaço Ciência?

Temos duas grandes dificuldades no Espaço. A primeira é a manutenção. O museu ocupa uma área muito grande, 120 mil metros quadrados, e essa manutenção é complexa e especializada, pois envolve serviços rotineiros de jardinagem, limpeza e manutenção dos experimentos, por exemplo. Nem sempre temos recursos para fazer bem essa manutenção. A outra dificuldade é a renovação de exposições, pois dependemos de recursos extras de editais e de eventuais patrocinadores. A renovação é uma necessidade do espaço, já que ele é um organismo vivo que precisa sempre se renovar, assim travamos uma batalha constante.

2- Quais são os planos para o futuro do Museu?

No começo do ano que vem teremos duas grandes exposições. Uma será sobre a água, abrangendo temas como água doce e água rara. Já a outra, sobre a matemática estar em tudo. São duas temáticas bem interessantes que atrairá muitos visitantes, assim esperamos.

Na Trilha das Descobertas há cinco áreas, uma delas é a Área Água que traz a reflexão sobre a importância deste líquido para a manutenção da vida na Terra - Foto: Cortesia

3- Qual atração chama mais atenção dos visitantes?

Sou suspeito para falar, mas do meu ponto de vista mais museológico é o Manguezal Chico Science. O Espaço Ciência tem a característica de ter exposições em espaços fechados, como de costume em museus, e em áreas abertas, nosso diferencial. Devido a isso, vejo o manguezal com um valor muito especial para o museu, além de todo trabalho que fazemos de manejo e conversação do ambiente. O planetário e as exposições interativas também fazem muito sucesso. No momento, estamos com a ‘Que bicho é esse?” sobre o Aedes Aegypti. e a “Minha Casa Tem Ciência”.

4- A feira Ciência Jovem também completa 25 anos. Quais são os objetivos futuros para o projeto?

Os objetivos para feira são os mesmos do Espaço, de um modo geral. Queremos continuar crescendo e qualificando o trabalho. Este ano, a feira ocorre de 6 a 8 de novembro e terá 300 trabalhos selecionados.

 

Veja mais fotos do espaço na galeria.

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