WhatsApp admite envio massivo de mensagens nas eleições 2018 do Brasil

Larissa Lira
Larissa Lira
Publicado em 08/10/2019 às 16:02
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O gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, Ben Supple, admitiu nesta terça-feira (8) que a eleição de 2018 no Brasil teve uso ilegal de envios massivos de mensagens. O envio teria sido feito com sistemas automatizados contratos de empresas de marketing. A prática é considerada fraude.

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas", afirmou o gerente em uma palestra no Festival Gabo, realizado em Medelín, no último fim de semana.

Supple também reconheceu a influência do app em processos eleitorais. "Sabemos que eleições podem ser vencidas ou perdidas no WhatsApp", afirmou. De acordo com a Folha de São Paulo, ao decorrer das eleições, tanto empresários apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PSL), quanto apoiadores do candidato Fernando Haddad (PT), impulsionaram conteúdo desfavorável contra o adversário.

O WhatsApp, ao ser questionado sobre as informações pelo site TechTudo, respondeu com a seguinte nota: “Antes do segundo turno da eleição do ano passado, o WhatsApp anunciou que já tinha banido centenas de milhares de contas por tentativa de envio em massa ou automatizado de conteúdo durante o período eleitoral. Nós também notificamos empresas que diziam oferecer serviços de envio em massa de mensagens, uma violação dos nossos termos de serviço. Estamos sempre trabalhando para aperfeiçoar nossos sistemas para prevenir abusos no WhatsApp. “