Ex-engenheiro da Uber e do Google é acusado de roubo de segredos

Jennifer Thalis
Jennifer Thalis
Publicado em 28/08/2019 às 12:45
Foto: Reprodução
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Anthony Levandowski, engenheiro autônomo cujas manobras ajudaram a promover uma ação multimilionária entre a Waymo e a Uber, foi acusado por promotores públicos de 33 processos de tentativa de roubo de segredos comerciais. O julgamento está previsto para esta quarta-feira (27), nos EUA. As informações são do site Olhar Digital.

As acusações criminais da Procuradoria do Distrito Norte da Califórnia espelham as queixas feitas pela Waymo. A divisão autônoma da Alphabet, no processo de 2018, alega que Levandowski roubou 14.000 documentos do Google. Nesses arquivos continham informações sobre seus carros autônomos e outras tecnologias. Tudo teria sido baixado no laptop pessoal de Anthony.

Pouco depois de Levandowski deixar o Google, ele fundou a Otto, uma startup de caminhões autônomos. Ela foi rapidamente adquirida pela Uber por quase US$ 700 milhões. A Waymo argumenta há muito tempo que o Uber acabou supostamente roubando os arquivos e simplesmente disfarçou o processo como uma aquisição. Neles estavam desenhos e esquemas relativos a circuitos e sensores que foram usados nos veículos autônomos do Google. Se condenado, Levandowski pode pegar até 10 anos de prisão e pagar uma multa de US$ 250.000.

Desde o acordo, Anthony entrou novamente no mundo das startups, fundando uma nova empresa chamada “Pronto.ai”. Em dezembro passado, ele revelou que havia projetado um sistema avançado de assistência ao motorista baseado em câmera (ADAS) chamado Co-Pilot, que visava a indústria de caminhões de longa distância.

Para ajudar a vender seu novo produto, Levandowski o levou para um test drive: uma viagem de quase 5.000km de São Francisco a Nova York, sem qualquer intervenção humana.

Em um comunicado, os advogados de Levandowski negam que seu cliente tenha roubado qualquer coisa e afirmam que ele estava autorizado a baixar o material do Google enquanto trabalhava na empresa.