YouTube: nova regra de direitos autorais pode gerar remoção de vídeos

Jennifer Thalis
Jennifer Thalis
Publicado em 16/08/2019 às 11:47
Foto: Reprodução/Pixabay
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O YouTube fez uma mudança na forma de tratar as reivindicações de direitos autorais em sua plataforma. Segundo o protal de notícias Tecmundo, agora, quando uma gravadora faz uma reivindicação manual de direitos autorais em um determinado vídeo, e isso inclui trechos muito curtos de música ou músicas reproduzidas sem intenção, a empresa não mais terá a possibilidade de lucrar sobre a receita gerada com o conteúdo (anúncios).

Ao invés disso, a gravadora terá que optar por manter o vídeo no ar. Já o youtuber será impedido de ganhar qualquer dinheiro com ele. Também não ser pedida remoção completa do vídeo.

A empresa afirmou que a nova regra pode vir a prejudicar muitos criadores de conteúdo no início. Por outro lado, a ideia é que, com o passar do tempo, as gravadoras se sintam desestimuladas a fazer esse tipo de reivindicação pois o fator “lucro” ser tirado da jogada.

Denúncias

De acordo com o YouTube, a mudança na política foi necessária porque, nos últimos meses, o número de solicitações envolvendo fragmentos de músicas ou execuções que fogem ao controle do criador de conteúdo, cresceu de forma substancial. Um desses casos é o de um grande youtuber que perdeu parte de sua receita porque falou uma linha da letra de uma música do Bom Jovi em um de seus vídeos. Neste caso, a Sony/ATV só desistiu da reivindicação após contestação.

O diretor de gerenciamento de produtos criativos do YouTube, David Rosenstein, definiu que fragmentos de músicas compreendem alguns poucos segundos (geralmente inferior a 10). Mas a regra se aplica somente a clipes de áudio e não a pedaços de vídeos.

O YouTube também passou a exigir carimbos de data e hora nas reivindicações, para que os criadores de conteúdo possam identificar o vídeo infrator e possa remover o áudio sem precisar excluir o vídeo por completo.