Game 'Rape Day', que permite estupro, gera revolta e é suspenso de plataforma

Jennifer Thalis
Jennifer Thalis
Publicado em 11/03/2019 às 11:39
Foto: Reprodução
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AFP - Um jogo eletrônico "Rape Day", no qual o usuário pode "assediar, matar e estuprar mulheres" foi proibido no Steam. A maior plataforma digital de venda de jogos no mundo recebeu uma série de protestos e uma petição online que reuniu mais de oito mil assinaturas.

Depois de fazer a promoção do produto durante várias semanas, antes de seu lançamento em abril, a Steam decidiu não vender o "Rape Day" ("Dia do Estupro"). A Steam explicou que o jogo envolve "custos e riscos desconhecidos".

"Respeitamos o desejo de expressão de nossos desenvolvedores, e o propósito da Steam é ajudá-los a encontrar um público, mas este desenvolvedor escolheu um conteúdo e uma forma de representação que torna muito difícil a nossa ajuda para ele", informa um comunicado da Valve, desenvolvedora de plataformas digitais com sede no estado de Washington e proprietário da Steam.

No ano passado, a empresa também retirou de sua plataforma o jogo "Active Shooter", que simulava um tiroteio numa escola.

"Rape Day" é descrito pelo seu desenvolvedor, a Desk Plant, como "uma novela visual onde controlamos as escolhas de um sociopata durante um apocalipse zumbi. Podemos agredir verbalmente, matar pessoas e violar mulheres à medida que avançamos na história".

A notícia do lançamento do jogo gerou várias manifestações contrárias em diferentes países e redes sociais. Uma petição apresentada pela Change.org com cerca de oito mil assinaturas também foi desenvolvida. Por conta da pressão, a Steam, inclusive, retirou do ar qualquer tipo de menção ao game.