O túmulo de um sacerdote que remonta a mais de 4.400 anos foi descoberto em Saqqara, perto do Cairo, por uma missão arqueológica egípcia, anunciaram as autoridades do Egito.
O túmulo do sacerdote chamado "Wahtye" data da 5ª dinastia (entre 2.500 e 2.300 a.C), durante o reinado de Neferirkare, de acordo com o Ministério das Antiguidades.
A tumba está "excepcionalmente bem preservada, colorida com esculturas no interior. Ela pertence a um sacerdote de alta patente", explicou o ministro das Antiguidades, Khaled el Enany, a uma multidão de convidados.
O túmulo contém "cenas mostrando o dono da tumba com sua mãe, sua esposa e sua família, bem como vários nichos com grandes estátuas coloridas do falecido e sua família", disse o ministério em um comunicado.
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Os nichos são 18 e as estátuas 24, de acordo com a mesma fonte, que especifica ainda que a parte inferior da tumba contém 26 nichos menores. Em novembro, no mesmo sítio arqueológico em Saqqara, as autoridades egípcias revelaram a descoberta de sete túmulos, incluindo quatro que datam de mais de 6.000 anos, pela mesma missão arqueológica egípcia. Os arqueólogos descobriram besouros e gatos mumificados.
O túmulo recentemente descoberto pertencente ao sumo sacerdote "Wahtye", que serviu durante o quinto reinado da dinastia do rei Neferirkare (entre 2500-2300 aC) - (Khaled DESOUKI / AFP)
O sítio de Saqqara, ao sul do Cairo, é uma vasta necrópole que abriga em particular a famosa pirâmide de degraus do faraó Djoser, a primeira da era faraônica. Este monumento, construído em torno de 2.700 a.C pelo arquiteto Imhotep, é considerado um dos monumentos mais antigos da superfície do globo.
O túmulo bem preservado é decorado com cenas que mostram o padre real ao lado de sua mãe, esposa e outros membros de sua família, disse o ministério em um comunicado. (Khaled DESOUKI / AFP)