Comic Con Experience espera receber 250 mil pessoas em 4 dias em SP

Estadão Conteúdo
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Publicado em 06/12/2018 às 8:45
Foto: CCXP/Divulgação
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Por Guilherme Sobota

As ambições da Comic Con Experience - cuja quinta edição ocorre de 6 a 9 de dezembro, na São Paulo Expo - não param de crescer: a CCXP está confortável no posto de maior festival de cultura pop do mundo. Se em 2017 o público de 227 mil pessoas alçou o evento a esse lugar, em 2018 a organização espera ainda mais gente: 250 mil fãs e profissionais da indústria devem passar pelo pavilhão de 115 mil metros quadrados na zona sul da cidade e visitar os estandes das maiores marcas de entretenimento audiovisual e de quadrinhos do globo.

Os números superlativos da CCXP devem se converter este ano em uma produção de conteúdo mais exclusiva e atraente: a escalação de 2018 é a maior constelação que o evento já trouxe para o Brasil. Sandra Bullock, Michael B. Jordan, Brie Larson, Maisie Williams, os criadores de Game of Thrones e Andy Serkis são algumas das 40 estrelas de Hollywood que estarão presentes na CCXP. Além de diretores, roteiristas, produtores, muitos quadrinistas daqui e de fora, um elenco global (Camila Pitanga, Cauã Reymond, Tatá Werneck, etc) de peso e centenas de criadores de conteúdo. A programação completa está no site ccxp.com.br.

Além de oferecer a experiência ao público - os ingressos variam agora no terceiro lote entre R$ 109 e R$ 379 por dia, ainda disponíveis, além de outros pacotes que poderiam chegar a mais de R$ 1 mil - um dos objetivos da CCXP é o "desenvolvimento do mercado", segundo o CEO da Omelete Company, Pierre Mantovani. A empresa está por trás do evento, com o Chiaroscuro Studios e a PiziiToys.

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"Hoje mesmo (quarta-feira) saí do evento de negócios, o CCXP Unlock, um business summit voltado para o desenvolvimento do mercado de entretenimento no Brasil", explica, por telefone. "A ideia é trocar experiências e fazer a CCXP de catapulta para a profissionalização do mercado. Quanto mais o evento ajudar o mercado, melhor para todo mundo."

Tanto que ele ressalta que o esforço da CCXP não é só da produção do evento em si, mas também dos escritórios regionais dos grandes players - como Disney, Warner, Fox, Netflix, HBO - para mostrar a relevância crescente do evento e atrair atrações e conteúdos (anúncios e novidades inéditas sobre as grandes séries e filmes, por exemplo). Pré-estreias exclusivas também acontecem ali: a primeira exibição mundial de Aquaman ocorre na sexta-feira, 7, às 18h; Wifi Ralph e Creed II também serão exibidos.

Um dos destaques desse ano é justamente a presença de "living characters", ou seja, atores e atrizes que estão em destaque nas produções em Hollywood: Brie Larson é a Capitã Marvel, aposta do estúdio em 2019; Michael B. Jordan vive o boxeador em Creed II, uma das maiores estreias do inverno nos EUA (24 de janeiro no Brasil); Maisie Willians é Arya Stark em Game of Thrones, o megasucesso da HBO cuja temporada final está programada para 2019 (ela participa do painel com os showrunners David Benioff e D.B. Weiss).

Mantovani diz que o evento pretende descolar sua imagem das Comic Cons internacionais (a de San Diego, por exemplo, existe desde 1970 e serviu de inspiração para a criação do evento brasileiro). "Nascemos em 2014 sonhando em fazer um evento de qualidade internacional, hoje acredito que já transcendemos esse sonho com o nosso DNA brasileiro. A experiência aqui é tão diferente que a denominação (Comic Con) não espelha mais o festival de cultura pop que acontece aqui", diz - a ideia é reforçar a marca CCXP. Uma das grandes ações nesse sentido é a exportação do evento para a Alemanha: a primeira CCXP no país germânico ocorre de 27 a 30 de junho de 2019.

"O que provamos aqui é que a experiência voltada para o fã faz todo sentido. San Diego tem uma característica de não mudar", explica Mantovani. "Aqui trazemos um jogo novo para o entretenimento mundial", arrisca. "É uma autoconfiança brasileira, somos um expoente."

Ele menciona ainda a emoção única para atores e produtores - mesmo estrelas celebradas de Hollywood - quando uma audiência barulhenta os recebe na CCXP. "Os atores não são os Guns n’ Roses, não estão acostumados com o calor tão grande do público. Os caras saem tremendo, chorando. A experiência aqui é para todo mundo, incluindo as 10 mil pessoas que trabalham para erguer o evento."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.