Inaugurado primeiro sítio geológico da América Latina

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 08/11/2018 às 14:18
Sítio geológico fica em Paulista e é mantido pelo grupo Votorantim Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
Sítio geológico fica em Paulista e é mantido pelo grupo Votorantim Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem FOTO: Sítio geológico fica em Paulista e é mantido pelo grupo Votorantim Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem

Com informações do Jornal do Commercio

Estudantes e pesquisadores interessados em registros da era dos dinossauros podem acessar, em Paulista, fósseis e detritos datados de cerca de 66 milhões de anos atrás. Foi inaugurado nessa quarta-feira (7), o primeiro sítio geológico da América Latina.

Batizado de K-PG Mina Poty, o espaço está localizado na área de mineração da empresa Votorantim Cimentos, em Paulista, Região Metropolitana do Recife. A área foi descoberta em 1993, durante pesquisas realizadas pelos geólogos Gilberto Albertão e Paulo Martins.

O material encontrado no sítio evidencia a queda de um meteoro na Península de Yucatán, no México, que foi o marco para o fim da era dos dinossauros. Esse episódio teria sido responsável pela extinção de aproximadamente 80% das espécies de seres vivos do planeta.

Segundo os analistas, grãos de vidro microscópicos e fragmentos de quartzo de impacto encontrados no K-PG teriam sido produzidos no momento do choque de um meteoro com a Terra. Depois disso, o espaço foi alvo de estudos do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e agora estará disponível para que outros estudantes e pesquisadores possam ter contato com esse material.

O sítio geológico tem aproximadamente 65 mil metros quadrados e se tornou área de preservação da Votorantim. O espaço está dividido em 4 exposições que poderão ser analisadas para fins educativos e científicos. Inicialmente, as visitas estão destinadas a estudantes universitários e pesquisadores, mas existe a possibilidade de que o local passe a receber pessoas da comunidade e escolas. Os fósseis encontrados no local estão alocados na UFPE e dependem da disponibilidade de universidade para serem vistos.